quarta-feira, 29 de junho de 2016

10 dicas de cuidados com a pele no inverno


Dicas para manter uma pele saudavél no inverno

1.Use um produto suave para limpeza da pele

O creme de  limpeza remove a sujeira e maquiagem sem retirar os óleos naturais da sua pele, fazendo com que ela não fique repuxada e desconfortável. Esse espesso creme é feito com óleo de amêndoas, água de rosas, cera de abelha e mel, podendo ser removido com um algodão com água morna. Ele é particularmente bom para peles secas e sensíveis, e é uma ótima alternativa durante o inverno para produtos de limpeza da pele que fazem espuma. 

2.Esfolie bem, mas suavemente
Esfoliações regulares ajudam a retirar célular mortas, dando maciez à áreas secas e rachadas, deixando a pele macia e iluminada. O sabonete facial Movis usa pão integral para esfoliar a pele a cada lavagem – ou você pode esfoliar sua pele com uma toalha úmida depois de ter usado seu produto de limpeza facial de sempre. Para um tratamento intensivo use o esfoliante de rosto e corpo, Ocean Salt, que contém sal marinho que é rico em minerais. Aplique na pele úmida para uma esfoliação mais suave e na pele seca para uma esfoliação mais pesada. 

3.Cuide do seus lábios 

O esfoliante Popcorn contém açúcar, sal marinho e polenta para dar maciez à lábios secos, rachados e com pelinhas soltas. Para completar, use um bálsamo como o Lip Service, que lacra a umidade natural e protege os lábios dos elementos climáticos. 

4.Ajude suas mãos

A pele de suas mãos é muito fina e o tempo frio, em combinação com os efeitos do vento, secadores e aquecedores, podem deixá-la seca e machucada. O creme Helping Hands contém óleo de amêndoas, manteiga de cacau e camomila para dar alívio à mãos rachadas. Use diariamente para manter as mãos macias e hidratadas – ou aplique uma camada antes de dormir e coloque luvas de algodão para um tratamento mais intensivo. 

5.Segure a umidade

O mel é um umectante natural, o que quer dizer que ele atrai e retém umidade – além de ter propriedades bactericidas e antissépticas. O Honey I Washed The Kids é um suave sabonete com aroma de caramel que contém mel, glicerina e extrato de babosa. Ele é calmante e macio, então é perfeito para as peles rachadas de inverno. 

Use sempre proteção

Pode até estar frio lá fora, mas ainda assim é importante proteger sua pele dos raios solares. Se você estiver indo em busca do sol ou da neve, não se esqueça de usar um produto com SPF apropriado e mesmo que pareça um dia cinzento de inverno, não se esqueça de usar um protetor diariamente. 

6.Alimente seu rosto

O tempo frio pode deixar a pele sem graça, seca e acizentada, mas usar uma máscara fresca semanalmente como a Oatifix para ajudar a ter seu brilho de volta. Ela é feita com as hidratantes bananas e manteiga de ilipê, combinadas com as esfoliantes amêndoas e kaolin – então ela serve para remover suavemente as células mortas, deixando as peles secas e sensíveis hidratadas. 

7.Acalme as coceiras

Muitas pessoas que sofrem de eczema dizem que seus sintomas pioram durante o inverno e geralmente todos nós percebemos que nossas peles ficam ainda mais secas com o frio da rua e aquecedores ligados. O hidratante corporal Dream Cream é feito com ingredientes calmantes e refrescantes como leite de aveia, água de rosas e óleo de camomila alemã para acalmar peles irritadas e aliviar a sensação de peles rachadas e ressecadas. 

8.Dê um mergulho

Abacates são repletos de óleos não saturados que hidratam e acalmam a pele – além das vitaminas A, B, C e E. A bomba de sal de banho Avobath é feita com abacate fresco e óleo de oliva, sendo perfeito para peles secas ou maduras, já que ela condiciona a pele enquanto você se banha, deixando a pele ressacada do inverno macia e sedosa. Coloque na banheira com água morna – não muito quente, já que a água muito quente tira os óleos naturais da pele. 

9.Lambuze-se

As temperaturas e os aquecedores podem deixar as unhas fracas e as cutículas arrepiadas e machucadas. Mantenha um pote de Lemony Flutter sempre à mão, e aplique diariamente para manter suas unhas em ótimas condições.

terça-feira, 28 de junho de 2016

Comer em horários irregulares aumenta o risco de hipertensão, diabetes tipo 2 e obesidade


Uma revisão de estudos mostrou que comer em horários irregulares aumenta o risco de hipertensão, diabetes tipo 2 e obesidade.

Pesquisadores concluíram que a hora que você come é tão importante quanto o quê você come. De acordo com dois estudos publicados quarta-feira no periódico científico Proceedings of the Nutrition Society, comer em horários irregulares está associado a um maior risco de hipertensão, diabetes tipo 2 e obesidade.

Para chegar a essa conclusão, pesquisadores britânicos e brasileiros, revisaram 28 estudos já publicados sobre o impacto dos padrões alimentares na saúde. Nosso corpo é regido pelo ritmo circadiano (relógio biológico interno), que normalmente segue um ciclo de 24 horas. Muitos processos metabólicos, como o apetite, a digestão e o metabolismo da gordura, do colesterol e da glucose, seguem este ritmo. Por isso, o nosso padrão alimentar pode alterar este relógio interno, principalmente no funcionamento de órgãos diretamente ligados à digestão, como o fígado e o intestino. Por outro lado, esse relógio também é regulado pelo ciclo claro/escuro ou noite/dia, que, por sua vez, também pode afetar a nossa alimentação.

Os resultados dessa revisão mostraram, por exemplo, que pessoas que trabalham em turnos correm um risco aumentado para câncer, doenças cardiovasculares e síndrome metabólica – o que inclui pressão alta, diabetes tipo 2 e obesidade. Já o “jetlag social”, que acontece principalmente quando as pessoas mudam seu padrão de sono aos finais de semana, foi associado a um maior risco de doenças como obesidade e síndrome metabólica, ao passo que dormir pouco está associado ao ganho de peso.

Alguns estudos mostraram também uma relação entre pular o café da manhã com piores escolhas alimentares durante o dia. Ou seja, pessoas que pulam esta refeição tendem a preferir alimentos gordurosos e mais prejudiciais à saúde, em comparação com aquelas que têm o hábito de comer quando acordam.

Outro fator tão importante quanto o que e quando você come, é com quem. De acordo com os autores, evidências apontam que a refeições familiares regulares contribuem para o desenvolvimento de hábitos alimentares saudáveis em crianças e adolescentes.

Em relação à distribuição das calorias ingeridas ao longo do dia, um estudo clínico recente mostrou que ingerir mais calorias no café da manhã do que no jantar está associado à maior perda de peso e melhoria nos níveis de açúcar no sangue. Já outros sugerem que o que você come a noite pode afetar seu índice de massa corporal (IMC) de forma diferente dependendo se você toma café da manhã regularmente ou não.

“Parece mesmo haver uma verdade por trás do ditado de que devemos tomar café da manhã como um rei, almoçar como um príncipe e jantar como um pobre. Embora tenhamos um entendimento melhor sobre o quê devemos comer, ainda nos sobra a questão de qual refeição no deveria dar a maior parte da energia do dia a dia. Apesar de estudos sugerirem que consumir mais calorias tarde da noite está associado à obesidade, ainda estamos longe de entender se nossa ingestão de energia deve ser distribuída igualitariamente ao longo do dia ou se o café da manhã deve mesmo fornecer a maior proporção de energia, seguido do almoço e do jantar.”, disse Gerda Pot, pesquisadora do King’s College London e principal autora dos estudos.

Fonte: http://veja.abril.com.br/saude/a-hora-que-voce-come-e-tao-importante-quanto-o-que/

segunda-feira, 20 de junho de 2016

Obesidade e Depressão


A Obesidade é considerada uma epidemia pela Organização Mundial de Saúde e motivo de preocupação, sendo uma das prioridades em saúde pública em todo o mundo, juntamente com desnutrição e doenças infecciosas.

Estudos genéticos e epidemiológicos têm confirmado cada vez mais que o baixo peso ao nascimento, típico de populações pobres, correlaciona-se com aumento de risco de obesidade posterior.
A obesidade é uma doença grave, crônica, de elevada morbimortalidade e de postulada etiologia multifatorial. Vem aumentando de maneira assustadora em países desenvolvidos e também naqueles em desenvolvimento. Estima-se que em países desenvolvidos em torno de um terço dos adultos é de obesos e prevê-se que por volta do ano 2020 mais de 20% da população mundial sofrerá de obesidade.

Estima-se no Brasil que entre 2000 e 2005 o continente de indivíduos com sobrepeso passará de 45 para 60 milhões, enquanto a população obesa saltará de 12 para 17 milhões.
A média da obesidade infantil no mundo é de 6,7%, nos EUA é de 20%. Na vida adulta isso poderá implicar riscos para a saúde física e desenvolvimento de transtornos psiquiátricos.

A obesidade é definida como um excesso corporal de gordura, acima dos 20% do peso corporal em homens e dos 30% em mulheres. O índice mais empregado para classificação da obesidade é o Índice de Massa Corpórea (IMC), que é calculado dividindo-se o peso em quilos pela altura em metros ao quadrado.

Classifica-se a obesidade em dois subgrupos. A central (andróide, abdominal ou visceral) e a periférica (ginecóide, gluteofemoral). A obesidade visceral está associada a um risco aumentado para doença cardiovascular, diabetes do tipo 2, acidente vascular cerebral e alguns tipos de câncer.
A mensuração da circunferência abdominal (CA) é o método mais fácil e largamente empregado no ambiente clínico e em estudos epidemiológicos. Risco de comorbidades associadas à medida da cintura:
 - risco aumentado: homens > 94 cm
                                   mulheres > 80 cm
- alto risco:                homens > 102 cm
                                   mulheres > 88 cm

Aspectos psicológicos e psiquiátricos da obesidade
A retirada paulatina do obeso do rol dos culpados a pelo menos dois pecados capitais- a gula e a preguiça- tem sido feita pelos profissionais de diversas áreas que o assistem.
Atitudes discriminatórias são encontradas no ambiente de trabalho, familiar e estudantis. Pessoas obesas casam-se menos e apresentam renda financeira menor quando comparadas a pessoas sem sobrepeso. Indivíduos obesos apresentam maior sofrimento emocional, atitudes negativas e discriminação. 

Não só a saúde física, mas também a saúde mental e a vida social de pacientes obesos podem ser afetadas pela obesidade. Estudos têm demonstrado que a obesidade pode estar associada a transtornos mentais e essa relação pode ser de mão dupla. 

Pessoas com doença mental grave, particularmente Esquizofrenia, Transtorno Bipolar e Transtorno depressivo maior, têm uma taxa média de mortalidade 2 a 3x mais elevada do que a população em geral, o que corresponde de 10 a 25 anos de expectativa de vida encurtada. 

Há uma relação recíproca entre depressão e obesidade, onde se encontra um aumento de quadros depressivos em pacientes obesos e um aumento da incidência de obesidade em pacientes deprimidos.
Estima-se que 19% das mulheres experimentem um episódio de depressão nos três meses posteriores ao parto. A depressão pós-natal está associada a alterações da amamentação, incluindo cessação precoce. Nessas crianças e em mais velhas, a depressão materna está associada a baixa interação, aumento de inatividade das crianças e aumento do número de horas de televisão.

Algumas proposições suportam a idéia de que há uma relação direta entre o índice de massa corpórea (IMC) e a maior frequência de comportamento compulsivo alimentar ou episódio bulímico. O Transtorno Alimentar Compulsivo Periódico (TACP) é muito frequente em pacientes em tratamentos para perda de peso, com prevalência estimada de cerca de 30% entre obesos, versus 2 a 3% na população geral de obesos, 50% entre os candidatos a cirurgia bariátrica e 70% em grupos de autoajuda, como os Comedores Compulsivos. Pacientes com TCAP têm maior frequência de recaídas após tratamento, maior comorbidade com depressão, abuso de álcool e drogas, transtorno de personalidade e insatisfação com a imagem corporal, quando comparados com os obesos controle.
Hoje a cirurgia bariátrica constitui o único procedimento provado como efetivo no tratamento da obesidade mórbida, de terceiro grau ou "extrema".  
 
O Conselho Federal de Medicina incluiu a depressão como uma das comorbidades que poderão ter indicação para a realização da cirurgia bariátrica em pacientes com IMC maior que 35. 

A presença de um quadro psiquiátrico no pré-operatório de um paciente com sobrepeso grau 3 não deve ser encarada como contra-indicação para uma cirurgia, desde que adequadamente controlado. 

quinta-feira, 16 de junho de 2016

Efeitos do consumo de cannabis na gravidez e no período pós-parto


O  número  de  mulheres  que  fazem  uso  e  abuso  de  cannabis  aumenta  a cada ano.

As diferenças de uso entre os gêneros incluem os fatos de a mulher começar a usar a substância como forma desadaptativa de aliviar sintomas de problemas  mentais  preexistentes,  como  estresse,  sensação  de  alienação,  depressão,  ansiedade e estresse  pós-traumático,  progredir  do  uso  para  a dependência mais rápido que o homem; ser mais reativa aos gatilhos para uso; apresentar maiores taxas de recaída; sofrer consequências físicas e psicológicas mais severas. 

O cannabis  é a substância ilícita mais utilizada por gestantes e puérperas.

A gestação e o puerpério podem representar fatores de proteção em relação ao consumo  de  cannabis.  Por  outro  lado,  alguns  estudos  demonstram  que  há urgência  em  se  pensar  alternativas  de  tratamento  para  mulheres  que  não interrompem  o  consumo.  As  dificuldades  e  estresse  gerados  pela  gestação podem  representar  um  fator  de  risco,  sendo  o  consumo  uma  forma desadaptada de manejar as emoções negativas geradas nessa fase.

O  número  de  gestantes  e  puérperas  usuárias  de  cannabis  ainda  é subestimado.  Mães  podem  não  revelar  o  uso  ou  a  quantidade  exata  desse consumo por medo de serem julgadas, repreendidas ou mesmo punidas.

Uma das alternativas para se obter a confirmação do uso de substâncias é a análise do mecônio, sangue da  mãe ou fio de cabelo da mãe. Mundialmente estima-se que 3 a 10% das gestantes consumam cannabis. 

Alguns  estudos  verificaram  que  apenas  metade  dos  ginecologistas, obstetras, doulas e clínicos gerais perguntavam às gestantes sobre seu consumo de drogas.

O  consumo  de  cannabis  pode  gerar  efeitos  agudos,  crônicos,  físicos  e psíquicos:
-Efeitos  agudos  físicos:  olhos  avermelhados,  boca  seca,  taquicardia, aumento da pressão arterial;
-Efeitos crônicos físicos: lesão da traquéia e das vias aéreas,  inflamação e infecção pulmonar, bronquite e câncer de pulmão;
-Efeitos agudos psíquicos: sensação de bem-estar, calma e relaxamento, hilaridade, angústia, medo  de perder o controle mental,  prejuízo  de memória, atenção e aprendizagem, delírios e alucinações, leve euforia, intensificação das experiências sensoriais e alterações na percepção;
-Efeitos crônicos psíquicos: transtornos de ansiedade, prejuízo cognitivo, agravo de sintomas psicóticos, síndrome amotivacional.

Diante da interrupção do consumo de  cannabis  é importante preparar a mulher  para  o  possível  surgimento  de  sintomas  da  síndrome  de  abstinência:
Fraqueza, hipersonia, retardo  psicomotor, ansiedade, inquietação, depressão e insônia. Em geral os sintomas aparecem 24 horas após a cessação e atingem a maior intensidade entre 2 a 3 dias. 

Pesquisas  demostraram  que  o  consumo  de  cannabis  pode  influenciar  o desenvolvimento  fetal.

A  restrição  do  crescimento  é  a  maior  complicação:
retardo  no desenvolvimento do sistema  nervoso,  distúrbios comportamentais, más-formações  congênitas,  prejuízos  dos  sistemas  cardiovascular  e gastrointestinal. Modifica também a atividade de regiões do cérebro do feto a longo  prazo,  podendo  gerar  deficiências  emocionais,  depressão,  consumo  de substâncias  psicoativas,  hiperatividade,  desatenção,   impulsividade,  déficits  de memória  e  de  aprendizagem,  prejuízos  de  linguagem,  menor  habilidade visuoespacial  e  visomotora,  dificuldade  no  planejamento  de  tarefas  e  funções executivas de uma forma geral. 

O  tratamento  tem  duas  etapas:  a  primeira,  de  suporte  para  início  de tratamento  não  medicamentoso  da  síndrome  de  abstinência;  e  a  segunda,  de prevenção de recaída. 

Ainda  não  há  um  tratamento  farmacológico  estabelecido  para  a dependência de cannabis. 

Quanto  ao  aleitamento  materno,  deve-se  considerar  o  custo-benefício em cada caso, pois a  cannabis  pode estar presente no leito materno, e a mãe deve  ser  informada  sobre  os  potenciais  efeitos  da  substância   no  bebê  e  ser aconselhada a interromper ou diminuir o consumo. 

Ribeiro HL, Renno J, Demarque R et al

quarta-feira, 15 de junho de 2016

O Transtorno Afetivo Bipolar (TAB)


O Transtorno Afetivo Bipolar (TAB) é um dos transtornos mentais mais incapacitantes e afeta cerca de 1% da população mundial. 
 
Embora a etiologia do TAB ainda não esteja completamente elucidada, acredita-se que envolva vários fatores, incluindo a desregulação da cascata de sinalização e expressão gênica, perda da plasticidade sináptica, diminuição da capacidade da resiliência celular, redução da densidade de células cerebrais, anormalidades na estrutura e função neuro-anatômicas.

O lítio é o estabilizador de humor mais eficaz e é a primeira linha de tratamento para o TAB. Tem sido considerado como um agente neuroprotetor e um candidato a atuar como modificador de doenças neurodegenerativas.

A principal hipótese é que o lítio exerça sua ação através dos efeitos neurotróficos. Ele aumenta a expressão do gene relacionado com o fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF). Estudos sugerem que o BDNF apresenta baixas concentrações cerebrais e séricas em indivíduos com TAB.

O lítio protege contra a neurotoxicidade excitatória, que ocorre no estado de mania. Também aumenta a liberação do GABA (neurotransmissor inibitório), o que potencialmente previne a neurotoxicidade e a morte celular.

Um estudo realizado no Brasil observou uma melhora no desempenho cognitivo global de pacientes com TAB em tratamento com lítio em comparação com pacientes sem uso da medicação.

Resultados de um estudo sugeriram que o tratamento de longa duração com lítio pode ter propriedades modificadoras na fisiopatologia da doença de Azheimer e promover um benefício clínico, principalmente se o lítio for introduzido nas fases iniciais do processo da doença.

Resultados de neuroimagem estrutural mostram um aumento volumétrico de substância cinzenta em pacientes com TAB tratados com lítio. Há evidências de um aumento do hipocampo em pacientes tratados com lítio e um aumento da capacidade do cérebro de fazer conexões neurais.

Para que o potencial neuroprotetor do lítio seja utilizado ao máximo, o seu uso deve ser ajustado para as menores doses efetivas possíveis.

Apesar das evidências robustas que apontam para um papel do lítio como modificador da evolução da Doença de Alzheimer, seu uso com esta finalidade ainda não é recomendado para a prática clínica.

Lítio e neuroproteção: novas perspectivas - Tung T.C., Minatogawa-Chan T.M.

terça-feira, 14 de junho de 2016

A importância do domínio cognitivo na Depressão



Dados indicam que a Depressão é a segunda causa de anos vividos com incapacidade nos EUA. O comprometimento do domínio cognitivo pode ser um dos determinantes de grande impacto negativo na vida dos pacientes acometidos pelo transtorno.
Estudos sugerem que 25 a 50% dos pacientes com depressão apresentam déficits em diferentes áreas cognitivas. A disfunção cognitiva se correlaciona, mas não é completamente explicada, pela presença de sintomas de humor. Mesmo indivíduos que se apresentam em remissão de um episódio depressivo maior, mantém graus variados de comprometimento cognitivo. Além disso, os déficits cognitivos parecem mais relevantes na determinação do impacto em desfechos relacionados ao trabalho, como produtividade e absenteísmo, do que os sintomas depressivos

Estamos começando a entender que não apenas os sintomas de humor determinam prejuízos significativos na vida dos pacientes acometidos por depressão. O papel negativo da disfunção cognitiva na vida desses pacientes está sendo desvendado dentro de uma perspectiva que valoriza uma abordagem transnosológica.

quarta-feira, 8 de junho de 2016

Sete dicas para baixar o nível de triglicérides do sangue


Começar a praticar exercícios e parar de fumar já é um bom começo!

Receber o diagnóstico de colesterol alto vira alvo de grande preocupação para muitas pessoas. O mesmo nem sempre acontece com aquelas que descobrem ter alto nível de triglicérides - ou triglicerídeos - no sangue. Menos agressivos, os triglicérides costumam ser ignorados por muitos, mas eles também são perigosos se não controlados: aumentam os riscos de doenças coronarianas e até de desenvolver diabetes.

O endocrinologista Amélio Godoy Matos, que já foi presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, explica que os triglicerídeos são um tipo de gordura proveniente da ingestão de carboidratos e da própria gordura. Assim, ele está presente em cerca de 90% da nossa alimentação, enquanto o colesterol pode ser encontrado em apenas 10% dos alimentos ingeridos. Ainda assim, as melhores formas de baixar o nível de triglicérides não se restringem apenas à alimentação. Confira sete dicas que ajudam a controlar a taxa dessa gordura.

Carboidratos
Os triglicerídeos são originados de duas maneiras: pela ingestão de alimentos ricos em gordura ou pela sintetização de carboidratos no fígado. Dessa forma, uma das primeiras recomendações médicas para baixar o nível de triglicérides é criando uma dieta balanceada e, claro, com baixo teor de carboidratos, aponta o endocrinologista Amélio. Isso inclui massas, frutas e tubérculos, como a batata.

Exercícios
"Excesso de peso é a principal causa de aumento de triglicerídeos no sangue", explica Amélio Godoy. Por isso, aliar uma dieta equilibrada à prática de exercícios físicos, de preferência aeróbicos, é a melhor maneira de combater o alto nível de triglicérides, uma vez que ele aumenta a queima de gordura corporal.

Verduras e legumes
Verduras e legumes também não podem faltar no cardápio. "Alguns deles até apresentam uma porcentagem considerável de carboidratos, mas, ainda assim, serão sempre mais bem-vindos do que alimentos processados, como pães e massas', explica o endocrinologista Amélio.

Álcool
"Bebidas alcoólicas são altamente calóricas, estimulando a produção de triglicerídeos e por isso, devem ser evitadas', aconselha o profissional. Uma latinha de cerveja, por exemplo, tem 147 calorias; uma taça de vinho tinto seco, 107 e uma única dose de uísque, 240 calorias.

Ômega três
Peixes, como salmão e atum, são alimentos ricos em ácidos graxos ômega 3, uma gordura insaturada, que reduz o nível de triglicérides do sangue. Assim, seu consumo sempre deve ser priorizado quando a outra opção for uma carne vermelha. Lembre-se, apenas, de preparar o peixe de forma que ele fique com baixo teor de gordura, sendo a melhor alternativa grelhá-lo.


Açúcar
Outro alimento que deverá ser controlado são os doces, já que o açúcar é um tipo de carboidrato. No organismo, ele é quebrado e transformado em partículas menores que serão absorvidas. O problema é que essa absorção estimula a produção de triglicerídeos pelo fígado. Além disso, há um depósito dessa gordura no pâncreas que atrapalha o funcionamento das células de insulina, fazendo com que a taxa de glicose no sangue também aumente.

Tabagismo
O tabagismo aumenta os riscos de doenças cardiovasculares e diabetes, sendo um hábito prejudicial que potencializa os prejuízos causados pela alta taxa de triglicerídeos no sangue. Assim como o açúcar, ele causa resistência de insulina devido ao acúmulo de gordura no abdômen.
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