terça-feira, 5 de dezembro de 2017

Fim de ano sem culpa: veja dicas para não afundar dieta no Natal e Réveillon


Diante de alimentos muito calóricos, riscos de exageros aumentam. Aprenda a fazer escolhas corretas e evite que comemorações comprometam a boa forma

Manter a dieta durante as festas de fim de ano e evitar as calorias extras parece impossível. Mas, se você se prevenir, pode comer bem sem preocupação com a balança! Não deixe que as comemorações comprometam sua boa forma. Para isso, aposte na alimentação saudável também durante o Natal e o Réveillon.

Épocas de muitas confraternizações exigem muita disciplina e foco. Diante de alimentos muito calóricos e sazonais, os riscos de exageros aumentam no caso de cardápios não programados e estômago vazio antes dos eventos. Hábitos são conquistados ao longo de muita prática e persistência, então concentre nos objetivos e nas vitórias já conquistadas.

Para não afundar a dieta, seguem algumas dicas para festejar sem culpa:

- Nas ceias, opte pelas comidas leves e saudáveis. Para começar toda a preparação, o primeiro passo é pensar em como fazer da ceia uma refeição de baixa caloria. Então, os ingredientes lights e com menor teor calórico são bem vindos: ricota, leite desnatado, proteína texturizada de soja, verduras, legumes, frutas, entre outros, podem ser utilizados na preparação dos pratos.

- Evite o consumo de bebidas alcoólicas sem valor nutricional algum, prefira drinks sem álcool feitos com frutas, água gaseificada e ervas como alecrim, hortelã e manjericão. 

- O segredo é o equilíbrio. Se você fizer uma alimentação mais leve, com mais saladas, frutas e leite desnatado durante o dia, pode comer um pouco mais na ceia sem preocupação, porém sem exageros.

- O prato principal também não pode ser esquecido. As dicas são usar carnes brancas como o peru, chester, frango, tender magro e lombo, acompanhados de cereais integrais como arroz com sete grãos, tendo assim grande valor nutritivo e pouco calórico. O ideal é optar por uma porção de arroz, uma carne de ave (como o peru ou o chester) ou um peixe com molho, uma salada verde e uma porção de farofa de aveia por exemplo. Enfeitar as receitas com tomate seco, castanhas, frutas naturais (abacaxi e cereja), dão um visual diferenciado e um toque especial à ceia.

- Para acompanhar, beba vinho. A bebida é rica em antioxidantes que ajudam a combater o envelhecimento precoce e tem apenas 70 calorias por cada taça de 100 ml.

- Outra dica é começar a refeição pela salada, que é rica em fibras, auxiliando na diminuição da absorção das gorduras dos outros alimentos e oferecendo saciedade.

- Alguns vilões da ceia são os aperitivos como castanhas e nozes, que tornam a refeição mais calórica. Apesar de calóricas, elas são ricas em gorduras insaturadas, que são benéficas ao nosso organismo. Porém é preciso ter atenção na quantidade ingerida. Se forem consumidas sem abusos, as oleaginosas têm efeitos benéficos. Uma opção saudável para petiscos são as torradas sem glúten e pastas de soja de diversos sabores.

- Nas sobremesas, a prioridade é sempre das frutas. Figos, pêssegos, uvas, entre outros, complementam a refeição de forma nutritiva, saudável e, é claro, light.

O segredo nas ceias de Natal e Réveillon não é deixar de comer, mas fazer escolhas corretas para não ter grande oferta de calorias extras.

terça-feira, 28 de novembro de 2017

Mitos e Verdades sobre Pressão Alta?


Quais os níveis normais? Dor de cabeça é um sintoma?

A hipertensão arterial (pressão alta) é muito comum. Estima-se que mais de 25% dos brasileiros possuam esta doença. Ela vai se tornando mais freqüente a medida que o indivíduo vai envelhecendo. Por exemplo, a partir dos 60 anos, mais da metade das pessoas têm pressão arterial elevada.

A hipertensão arterial é uma doença silenciosa e boa parte das pessoas ainda não descobriu a doença ou não faz tratamento adequado. Em um estudo nos Estados Unidos, país de primeiro mundo, em somente 10-25% das pessoas a pressão se mantinha em níveis normais.

Quais são os valores normais de pressão arterial?medir pressao

São dois números, o maior valor (sistólica) que ocorre quando o coração se contrai e o menor valor (diastólica) quando ele relaxa.

  • Normal: menor que 120/80 mmHg
  • Pré-hipertensão: 121-139/81-89 mmHg
  • Hipertensão estágio 1: 140-159/90-99 mmHg
  • Hipertensão estágio 2: > 160/100 mmHg

O diagnóstico é feito após duas medidas de forma correta em um intervalo mínimo de uma semana.

Por que é importante controlar a pressão?

A pressão elevada causa lesão nos vasos sanguineos. Esta lesão pode levar a um entupimento das artérias e causar obstrução da passagem do sangue. Quando isso ocorre nas artérias do coração, chamamos de infarto (ataque cardíaco) e quando ocorre no cérebro, chamamos de AVC (acidente vascular cerebral ou “derrame”l).

A hipertensão também é um fator de risco muito importante para outras doenças como insuficiência do coração, dos rins. Também é causa importante de cegueira em adultos. Atualmente é a principal causa de falência renal. Controlar a pressão reduz bastante o risco destas doenças e inúmeras outras.

Quem tem maior risco de ter pressão alta?

Algumas pessoas apresentam risco maior de terem pressão elevada, por exemplo:

  • História de pressão alta na família (pais, irmãos)
  • Obesos
  • Fumantes
  • Idade acima dos 50-60 anos
  • Sedentários
  • Raça negra
  • Excesso álcool e sal na dieta
  • Diabetes e Colesterol elevado


Qual a causa da hipertensão?saleiro

A grande maioria das pessoas possui a chamada hipertensão essencial (primária) cuja causa específica ainda não é bem esclarecida, mas está associada aos fatores de risco listados acima.

Existe formas de hipertensão onde a causa é uma outra doença (secundária), por exemplo: doença dos rins, apnéia do sono.

Importante lembrar que certas doenças endocrinológicas são causas de pressão alta: patologias da tireoide (hipo e hipertireoidismo), Síndrome de Cushing (excesso de cortisol), tumores nas glândulas suprarrenais e hipófise.

Algumas medicações também são causa de hipertensão arterial secundária:

  • Corticóides (prednisona)
  • Anti-concepcionais
  • Anti-inflamatórios (p ex. diclofenaco, ibuprofeno)
  • Descongestionantes nasais
  • Medicações para perda de peso (anfetaminas, sibutramina)
  • Alguns anti-depressivos
  • Uso de drogas ilícitas (cocaína, heroína)


Quais são os sintomas da pressão arterial alta?

A hipertensão é uma doença silenciosa. Frequentemente as pessoas estão com algum sintoma (dor de cabeça, enjôo) e acabam verificando a pressão arterial. A elevação da pressão pode ser uma resposta ao estímulo doloroso, por exemplo.

No entanto, quando os níveis estão acima de 180/120, existem alguns sintomas de alerta:

  • Déficits neurológicos focais (perda de força em algum membro), convulsões, perda de visão, sonolência intensa
  • Dor no peito
  • Após um traumatismo craniano (bater a cabeça com força)
  • Falta de ar súbita
  • Dor de cabeça muito forte associada a enjôo e vômitos

A presença de algum desses sintomas indica necessidade de atenção médica imediata!

Como é feito o tratamento?preocupado

A mudança do estilo de vida é muito importante para o tratamento, por exemplo:

Reduzir a quantidade de sal na dieta (evitar alimentos industrializados)

  • Alimentação saudável:  rica em fibras (frutas, vegetais) e derivados do leite, pobre em gorduras animais
  • Perder peso
  • Fazer algum tipo de exercício pelo menos 30 minutos ao dia
  • Parar de fumar
  • Evitar beber álcool em excesso


Medicamentos: frequentemente se faz necessário mais de uma classe de medicamentos para o adequado controle da doença.

PERGUNTAS FREQÜENTES

Dor de cabeça e pressão alta?cefaleia

A pressão arterial elevada é silenciosa. Dor de cabeça ainda não foi confirmada como um sintoma atribuído somente a pressão alta. Com freqüência a dor (seja ela na cabeça ou outras partes do corpo) pode elevar a pressão.

O vinho faz bem para pressão arterial?

O consumo moderado de qualquer tipo de álcool pode ajudar a controlar a pressão arterial. No entanto, o consumo excessivo é muito prejudicial. A dose não deve passar de dois cálices (150ml) de vinho ou duas latas de cerveja (350ml). Mulheres são mais sensíveis aos efeitos do álcool e devem beber a metade disto.

A pressão estava alta no consultório do médico, mas é normal em casa, isto é normal?

Em algumas pessoas, a pressão arterial sobe quando comparecem a serviços de saúde (médicos, hospitais). Fazer medidas em casa são muito importantes para ajudar a tirar a dúvida.

Devo medir a pressão arterial em casa?

Sim, isto é muito importante e ajuda o médico a conferir o tratamento. No entanto, alguns cuidados são importantes ao medir a pressão arterial, por exemplo:

  • Manter-se sentado e repouso por 5 minutos ao menos
  • Não ter feito exercício físico recentemente
  • Braço elevado na altura do coração
  • Medir pela manhã e a noite
  • Não ter ingerido alimentos ricos em cafeína recentemente (p. ex, chás, café, coca-cola)

Minha pressão está normal com os medicamentos, posso parar de tomar?

Não! A pressão alta é pouco silenciosa, logo, o tratamento só deve ser reduzido se a pessoa apresentar quedas na pressão arterial.

terça-feira, 21 de novembro de 2017

Sintomas da Diabetes – Como Tratar, Controlar e Reverter


Sintomas da Diabetes – Como Tratar, Controlar e Reverter



A diabetes mellitus é uma doença causada pelo excesso de glicose no sangue, sendo dividida em dois tipos: de caráter genético, chamada de tipo 1, e a adquirida ao longo da vida, muitas vezes pelos maus hábitos de alimentação e sedentarismo, chamada de tipo 2.

Como grande parte das doenças, o corpo dá sinais de que algo não vai bem. Saber ficar atento a esses sintomas da diabetes é fundamental para buscar tratamento o mais cedo possível e, assim, manter a diabetes controlada.

Quais os Sintomas da Diabetes?

– Sintomas da Diabetes Tipo 1:

Um dos sintomas da diabetes tipo 1 é a necessidade de urinar várias vezes diariamente: caso sinta-se vontade de ir ao banheiro com mais frequência e sem nenhuma explicação aparente, pode ser um sinal de alteração nas taxas de açúcar. A sede e a fome constantes também são sintomas.

Outro sintoma da diabetes tipo 1 é o emagrecimento, inclusive em casos onde a pessoa sente muita fome, ou seja: a pessoa sente fome, come bem, mas emagrece, o que configura um sinal de alerta, assim como mudanças de humor, nervosismo, fadiga e fraqueza.

O estômago também é uma parte afetada no caso de diabetes: náuseas e vômitos, sem nenhuma explicação aparente, podem ser indicativos de que há um problema com as taxas de açúcar. Os sintomas característicos da diabetes tipo 1 aparecem de forma bastante rápida.



Veja quais são os sintomas da diabetes tipo 1

Deve-se ficar atento à cetoacidose diabética, uma complicação da diabetes tipo 1 que, em alguns casos, pode ser um primeiro sintoma, pela pessoa não saber que é diabética. Na cetoacidose as células não recebem energia, por causa da falta de insulina, e começam a queimar gordura. Porém, a energia obtida é insuficiente e gera muitos ácidos.

Os sintomas são hálito frutado, cetonas na urina, dificuldade respiratória, náuseas, vômitos, dor abdominal, e confusão mental. Deve-se tomar cuidado, pois a cetoacidose pode levar ao coma e à morte. Ao menor sinal, deve-se procurar um médico especialista em diabetes.

– Sintomas da Diabetes Tipo 2:

Já os sintomas da diabetes tipo 2, também chamada de diabetes adquirida, incluem a ocorrência de infecções constantes, como de pele, de rins e de bexiga (infecção urinária). Caso haja recorrência do quadro de infecção, vale a pena investigar se a causa não é a diabetes.

Nesse cenário, é comum ocorrer algumas doenças como candidíase, tanto no homem quanto na mulher, que é um tipo de infecção provocada pelo fungo Candida albicans que costuma ocorrer geralmente na língua, boca, vagina ou no pênis. Outra condição que pode ocorrer é a acantose nigricans, uma doença de pele relativamente rara que provoca manhas (pele escurecida), deixa a pele espessa e rugosa e costuma atingir o pescoço, as axilas e virilhas.

Outro sintoma da diabetes tipo 2 é o aparecimento de furúnculos e de feridas cuja cicatrização é demorada. Os olhos também merecem atenção: o embaçamento da visão, associado a outros fatores, constitui um sintoma tanto da diabetes tipo 2 bem como do tipo 1, também.

A ocorrência de formigamento nos pés pode ser um sinal de diabetes. Além disso, há também alguns sintomas comuns entre a diabetes mellitus tipo 1 e 2: a vontade de urinar toda hora, a fome constante e a sede (boca seca) frequente. A tontura também pode ocorrer em casos de hipoglicemia, níveis baixos de açúcar (glicose) no sangue, e também de hiperglicemia, níveis altos de açúcar no organismo.

Os sintomas da diabetes tipo 2 aparecem de modo gradativo. É importante deixar claro que um sintoma apenas não fecha um diagnóstico: é necessária a junção de mais sintomas para que se confirme a suspeita de diabetes e se comece uma investigação através de exames, como Glicemia em jejum, Hemoglobina glicada e Curva glicêmica.

– Sintomas da Diabetes Gestacional:

A diabetes na gravidez é um tipo mais raro da doença, que ocorre durante a gestação. Os sinais e sintomas dessa condição são relativamente os mesmos do tipo 1 e 2, dentre eles:

- sede excessiva (boca seca);
- visão embaçada (turva);
- infecções;
- vontade de urinar frequente; e
- aumento do peso corporal.

Como Reverter os Sintomas da Diabetes?

É fato que alimentação e diabetes estão interligados, porém a grande maioria dos diabéticos ainda não sabe como utilizar a alimentação da maneira correta para controlar o diabetes. Todavia, a chamada alimentação inteligente baseada em estudos com comprovação científica pode ajudar a estabilizar a doença e consequentemente o paciente diabético terá uma vida normal.

terça-feira, 7 de novembro de 2017

A Dieta do Mediterrâneo: uma forma gostosa de prevenir doenças


Saiba mais sobre a dieta que parece prevenir o Diabetes, doenças cardíacas e até mesmo a doença de Alzheimer.

As novidades na área da nutrição e saúde surgem a todo momento. Atualmente existem diversas "dietas da moda", algumas bastante radicais que buscam o emagrecimento o mais rápido possível. 

No entanto, nem sempre o nosso objetivo principal é a perda de peso. Quando o foco é saúde, precisamos saber qual dieta é realmente eficaz em prevenir doenças. 
Neste artigo vou apresentar a Dieta do Mediterrâneo, uma dieta saudável e com poucas restrições.

A Dieta do Mediterrâneo é restritiva?
A Dieta do Mediterrâneo não segue um cardápio específico, mas sim algumas orientações gerais. Não é restrita em calorias.

Quais são os benefícios da Dieta do Mediterrâneo?
Alguns dados da literatura já sugerem que a Dieta do Mediterrâneo pode auxiliar na prevenção de algumas doenças:
- Doenças cardíacas (infarto cardíaco e AVC)
- Alguns tipos de câncer
- Diabetes tipo 2 e o Diabetes Gestacional
- Esteatose Hepática (gordura no fígado)
- Demência (Doença de Alzheimer)
- Além disso: melhora do controle do Diabetes e dos níveis de Colesterol

Vale lembrar que  são necessários estudos mais contundentes para confirmar o benefício, especialmente nos casos de câncer e doença de Alzheimer. No entanto, os resultados são promissores... 


Um exemplo de estudo científico que avaliou a eficácia da Dieta do Mediterrâneo foi o PREDIMED. Realizado na Espanha e publicado em 2013 no New England Journal of Medicine, uma das mais conceituadas revistas científicas médicas, o estudo avaliou mais de 7.000 pacientes em uma região da Espanha e comparou 3 grupos:

1-GRUPO 1: dieta do mediterrâneo (suplementada com azeite de oliva)

2-GRUPO 2: dieta do mediterrâneo (suplementada com 30 g de um mix de nuts - nozes, amêndoas e avelãs)

3-GRUPO 3: dieta convencional com redução de gorduras (todas)

Os resultados: a Dieta do Mediterrâneo reduziu em cerca de 30% o número de eventos cardiovasculares (infarto cardíaco, AVC). 

O interessante foi que o grupo da dieta do mediterrâneo ingeriu mais calorias E mais gorduras (gorduras boas).


A Dieta do Mediterrâneo é eficaz na perda de Peso?      
Embora este não seja o foco da dieta, uma perda de peso de 2 kg foi evidenciada quando comparada à dieta tradicional.

Mas afinal, o que é Dieta do Mediterrâneo? 

É uma dieta que imita o padrão de alimentação da região do Mediterrâneo, onde há alto consumo de óleo de oliva, peixes, frutas e vegetais. O segredo parece ser a ingesta de gorduras BOAS (presentes nas nozes, no azeite de oliva e nos peixes gordurosos como o salmão).

Quais são as RECOMENDAÇÕES para aderir à Dieta do Mediterrâneo?

CONSUMIR:

1-Azeite de oliva extra-virgem para cozinhar os alimentos na maior parte do tempo.
2-Azeite de oliva para temperar os alimentos (pelo menos 4 colheres de sopa ao dia).
3-No mínimo duas porções de hortaliças ao dia (200g cada ou uma xícara).
4-Frutas pelo menos três vezes ao dia.
5-Peixes (preferencialmente oleosos como salmão e sardinha) pelo menos três vezes por semana.
6-Oleagenosas (nozes, amêndoas e avelãs) uma porção de 30g (uma mão cheia) por dia.
7-Vinho Tinto uma taça de 150 ml por dia (evitar em pessoas com problemas com álcool).
8-Carnes brancas como peixes, peru ou frango no lugar da carne vermelha.
9-Refogado de tomate, alho e cebola com azeite de oliva (sofritto) duas vezes por semana.

EVITAR:

1-Carne Vermelha, de porco e embutidos (no máximo 150g por dia)
2-Manteiga e creme de leite
3-Refrigerantes e bebidas adoçadas
4-Bolachas, biscoitos, “coisas de padaria” industrializados (no máximo três vezes por semana)

Vamos tentar? Quanto mais destes itens você conseguir "aderir", mais evidente ficarão os benefícios para sua saúde.

terça-feira, 31 de outubro de 2017

Colesterol Bom ou Ruim?


Saiba o que são Gorduras trans e como baixar os níveis de lipídios.

Os níveis elevados de colesterol e triglicerídeos não causam sintomas, mas podem aumentar muito o risco de doenças cardiovasculares como infarto cardíaco, acidente vascular cerebral (AVC ou derrame) e redução na circulação sanguínea dos membros inferiores.

O que são Lipídios? Quais são os tipos mais conhecidos?

O termo lipídios engloba os diversos tipos de colesterol e os triglicerídeos. Em termos práticos e simples vamos separar os principais lipídios cujo aumento faz bem (BOM) e os nos que é prejudicial (RUIM):

RUIM - Colesterol Total: níveis elevados estão associados com aumento de risco cardiovascular:
  1. Valores de referência

  • <  200 mg/dL: normal
  • .> 201 mg/dL: limítrofe
  • > 240 mg/dL: elevado

RUIM - Triglicerídeos: níveis elevados são associados ao aumento de risco cardiovascular, síndrome metabólica e pancreatite aguda.
  1. Valores de referência:

  • < 150 mg/dL: normal
  • > 151 mg/dL: limítrofe
  • > 200 mg/dL: elevado
  • > 500 mg/dL: muito elevado

RUIM - Colesterol LDL: combater seus níveis elevados é o principal objetivo do tratamento
  1. Valores de referência: dependem do risco cardiovascular!

  • Alto risco: Pessoas que tiveram Infarto Cardíaco e/ou AVC prévios, angina, doenças circulatórias ou risco cardiovascular calculado em 10 anos > 20%: manter níveis abaixo de 70 mg/dL e/ou reduzir em 50% dos níveis basais.
  • Risco intermediário ou baixo: 100-130 mg/dL 

BOM - Colesterol HDL: níveis elevados podem prevenir doenças cardiovasculares
  1. Valores de referência:

  • > 60 mg/dL: excelente
  • <40 mg/dL: risco aumentado


Qual o objetivo de controlar os níveis de lipídios?

Evitar doenças cardiovasculares. O tratamento dos lipídios revolucionou a medicina, reduzindo muito o número de mortes na população e é um dos principais responsáveis pelo aumento de expectativa de vida!

Quanto maior o risco cardiovascular do indivíduo, mais agressivo deve ser o tratamento para reduzir os níveis de colesterol, especialmente o LDL.

Qual o perfil das pessoas com maior risco cardiovascular?

  • Doença Cardíacas ou Cerebrais (Isquemia Cerebral ou AVC, Infarto do miocárdio)
  • Diabetes
  • Doenças familiares dos lipídios (níveis muito elevados)
  • Hipertensão (pressão alta)
  • Insuficiência Renal
  • Fumantes
  • História familiar de doenças cardíacas em pessoas jovens (< 55 anos em homens e <65 anos em mulheres)
  • Idade e sexo: o risco é maior em homens e aumenta ao longo da vida
  • Obesidadeduvida


Quem deve ter seus níveis checados (sreening)?

Com fator de risco cardiovascular (1 ou mais dos mencionados acima)
  • Homens a partir dos 25 anos e Mulheres a partir dos 35 anos

Sem fator de risco cardiovascular
  • Homens a partir dos 35 anos e Mulheres a partir dos 45 anos

Intervalo para repetir os exames

Não há um consenso sobre isso, mas seria adequado repetir os exames a cada 3 anos em pessoas de baixo risco que não estão realizando tratamento e anualmente nas pessoas com maior risco ou em tratamento. 

Como é feito o tratamento do aumento dos níveis de lipídios?

Dieta e exercício físico são fundamentais. Existem diversos tipos de dieta (falarei mais em outros tópicos) para baixar o colesterol, não há uma fórmula única para todos.

As medicações como as estatinas (rosuvastatina, atorvastatina, sinvastatina, pitavastatina, pravastatina) são as drogas de escolha para tratar os altos níveis de colesterol e reduzirem o risco cardiovascular. Existem outras medicações como os fibratos, ômega-3, orlistate, ezetimiba, entre outros que podem ser adjuvantes no tratamento.

Qual a quantidade necessária de exercício físico que deve ser realizada?

  • Pelo menos 150 minutos de atividade física de leve a moderada (caminhadas, por exemplo) por semana.
  • Comece de forma leve e promova aumento gradual de intensidade.
  • Não fique mais de 2 dias sem se exercitar.
  • Mantenha-se ativo: caminhe mais de 10.000 passos nas suas atividades diárias (instale aplicativos que contam passos no seu celular).
  • Todas as formas de exercício são recomendadas
  • Procure um profissional de educação física para evitar lesões osteomusculares


Quais os alimentos que podem ajudar a baixar as taxas de lipídios?

Alguns alimentos quando consumidos com moderação podem ajudar a baixar os níveis de lipídios. Alimentos ricos em ômega-3 e 6(1-2 porções ao dia)

  • Peixes gordurosos como Salmão, Atumsalmao
  • Azeite de Oliva Extra virgem

  1. Nozes, amêndoas e pistache (até 30g)
  2. Alimentos ricos em fibras

  • Frutas, verduras, alimentos integrais

  1. Evitar: gorduras saturadas, trans e hidrogenadas, além de alimentos ricos em carboidratos simples.

Atenção: se você está em uma dieta para perda de peso, esses alimentos podem conter uma quantidade grande de calorias, o que pode interferir na sua dieta.azeite de oliva

Sempre devemos tratar com medicações os níveis de lipídios elevados?

Nem sempre. Hábitos de vida saudável são indicados para todos, mas a indicação de tratamento farmacológico depende do risco cardiovascular.

Por exemplo, indivíduos de alto risco cardiovascular (2 ou mais fatores de risco) provavelmente necessitem tratamento mais precoce. Pessoas jovens, sem nenhum fator de risco, podem realizar tratamento apenas com modificação do estilo de vida (dieta e exercício físico) na maioria das vezes.


DÚVIDAS FREQUENTES:

O ovo de galinha aumenta o colesterol?

Muito se fala sobre o ovo de galinha. O fato é que ovos são uma boa fonte de proteínas e não costumam aumentar muito o colesterol se consumidos com moderação.

O que são gorduras trans?

São gorduras que aumentam os níveis do colesterol ruim (LDL). Embora alguns alimentos naturalmente possuam esse tipo de gordura, ela é muito presente nos produtos industrializados devido a hidrogenação dos ácidos poli insaturados.

A gordura hidrogenada é utilizada para dar deixar os alimentos crocantes e firmes em temperatura ambiente (biscoitos, margarinas, bolos, etc). Evite!

Manteiga, margarina ou óleo?manteiga

O mais importante é evitar gorduras saturadas ou trans. Óleos (oliva, canola, girassol, etc) costumam ter menor quantidade desse tipo de gorduras. Quando escolher uma margarina, opte pela que tiver menos gorduras saturadas e trans.

O segredo é a moderação.

Posso tomar suplementos alimentares para controlar o colesterol?

Suplementos alimentares podem ajudar, no entanto existem poucos estudos de boa qualidade que comprovem o seu benefício, além disso, costumam ser caros. As medicações utilizadas para baixar o colesterol são testadas em milhares de pessoas e comprovadamente reduzem o colesterol e principalmente o risco cardiovascular. Não substitua suas medicações sem conversar com seu médico primeiro. 

Como faço para saber o meu risco cardiovascular?

Você pode calcular o seu risco cardiovascular através da calculadora de risco da Sociedade Americana de Cardiologia (AHA) neste link:  http://tools.acc.org/ASCVD-Risk-Estimator/ 

quinta-feira, 26 de outubro de 2017

O que fazer quando os níveis de açúcar estão muito baixos (hipoglicemia)?


Hipoglicemias podem ser fatais se não tratadas. Saiba quais são os sintomas e como agir quando a glicose está baixa demais.

A queda abrupta dos níveis de açúcar no sangue (hipoglicemia) é uma complicação  frequente no tratamento intensivo do Diabetes.  Episódios graves podem ser fatais se não tratados adequadamente. Saiba como prevenir e como agir diante de um episódio destes.



Quais são os níveis de açúcar considerados muito baixos (hipoglicemia)?

Geralmente valores abaixo de 70 mg/dL são considerados baixos.  Pessoas com Diabetes mal controlado (“acostumadas” com níveis altos de glicose) podem apresentar sintomas de hipoglicemia mesmo com níveis considerados normais (ao redor de 100 mg/dL)sintomas

Quais são os sintomas da queda dos níveis de açúcar no sangue?

Geralmente estes sintomas ocorrem de forma rápida e melhoram rapidamente com a ingestão de algum alimento (especialmente líquidos adoçados).

  • Tremores
  • Sudorese (excesso de suor)
  • Palpitações
  • Sensação de fome e ansiedade inexplicadas
  • Borramento Visual
  • Em casos mais graves: confusão, convulsões e até mesmo comapalpitaçoes
  • Quais pessoas tem risco de desenvolver estes sintomas?


Pessoas com Diabetes em tratamento que:

  • Usam insulina ou anti-diabéticos orais em doses  que podem baixar a glicose além dos níveis normais (especialmente glibenclamida, glimeperida, glicazida)
  • Permanecem um longo tempo sem se alimentar
  • Praticam atividade física intensa sem se alimentar corretamente
  • Bebem bebida alcóolica em excesso

Quais são os riscos de um episódio de queda aguda dos níveis de glicose?

Uma queda abrupta nos níveis de açúcar pode provocar um aumento da frequência do coração e, em pessoas suscetíveis, até mesmo um infarto cardíaco. Episódios mais graves podem desencadear convulsões ou provocar coma.

Hipoglicemias podem causar acidentes de trânsito, quedas,  especialmente em idosos.

O que fazer quando ocorrer um episódio de hipoglicemia?

  1. Se possível, verifique a taxa de açúcar para confirmar e mostrar futuramente ao seu médico (anote).
  2. Consuma 15 a 20 gramas de carboidratos (preferencialmente líquidos)
  3. Exemplo: uma colher de açúcar ou mel dissolvidas em água, um copo pequeno de refrigerante normal ou suco de fruta
  4. Verifique a glicose novamente em 15 minutos
  5. Repita o procedimento se os níveis se mantiverem baixos
  6. Se sua próxima refeição for demorar mais de duas horas. Faça um lanche (uma porção de carboidratos e proteínas)
  7. Evite alimentar em excesso para “compensar” um episódio de hipoglicemia. Isso pode piorar o controle de sua doença.
  8. Se não houver melhora: chame ajuda

O que é glucagon?

É um hormônio que faz o efeito oposto da insulina: aumenta os níveis de glicose (faz com que o organismo libere a glicose armazenada). É utilizado para situações de emergência, quando a pessoa está desacordada.

É vendido em farmácias, em forma de kit de emergência. Se uso é injetável, sub-cutâneo, como a insulina. Cada aplicação contém 1 mg e deve ser suficiente para restaurar a consciência rapidamente. Pode ser aplicado no abdome ou lateral da coxa. Seu custo é elevado, cerca de R$ 150,00 para cada aplicação.

O que fazer quando a pessoa está desacordada ou convulsionando?

  1. Chame ajuda!
  2. Proteja as vias aéreas (coloque a pessoa deitada de costas com a cabeça virada para o lado, evitando que ela se “afogue”)
  3. Aplique uma ampola de glucagon no abdome, se disponível
  4. Enquanto aguarda ajuda, você pode tentar colocar uma quantidade pequena de mel ou açúcar na gengiva da pessoa.
  5. Lembre-se: não ofereça líquidos ou alimentos para uma pessoa desacordada, ela poderá se engasgar e se sufocar.


Como prevenir um episódio de hipoglicemia?

Todo Diabético em tratamento medicamentoso deve carregar consigo uma porção de carboidratos para emergência. Prefira tabletes de glicose (venda em farmácia) ao invés de balas e doces para não comer nos momentos em que a glicose não está baixa.

Possuir um kit de glucagon pode salvar vidas em casos de episódios grave.

Evite permanecer  períodos prolongados sem se alimentar ou praticar atividade física sem orientação nutricional.

Verifique suas taxas de açúcar com frequência através da medida capilar (HGT). Anote os valores . Se os episódios forem frequentes ou graves: avise seu médico.

segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Nódulos e o Aumento da Tireoide


Tosse seca e desconforto ao engolir podem ser indicativos de alterações na Tireoide. Saiba quais são as causas e como é feito o tratamento.

A Tireoide é uma glândula em forma de borboleta que se localiza na região do pescoço. Seu aumento de volume pode causar tosse e dificuldade para engolir os alimentos. Saiba mais sobre as causas de aumento da glândula Tireoide e seu tratamento.


Para que serve a Tireoide?
A tireoide é responsável pela produção da tiroxina (T3 e T4), hormonios importantes para o metabolismo em geral. Estes hormônios, atuam na formação óssea, colesterol, pressão arterial, ciclo menstrual e outras diversas áreas.

Qual o tamanho normal da Tireoide?
A tireoide é uma glândula em forma de borboleta que se localiza na região anterior do pescoço (em frente a traqueia – onde passa o ar – e ao esôfago – onde passam os alimentos). Ela pesa em torno de 25 gramas e tem um volume de aproximadamente 10 ml, variando de acordo com o tamanho do indivíduo.

Quais são os sintomas do aumento da Tireoide?
A maior parte dos sintomas decorrem da compressão das estruturas próximas a tireoide, por exemplo o esôfago (onde passam os alimentos) e a traqueia (onde passa o ar).
Os mais frequentes são:
  • Tosse seca
  • Desconforto ao engolir os alimentos
  • Sensação de aperto no pescoço
  • Dor na região do pescoço

Alguns sintomas podem decorrer das alterações na produção dos hormônios da tireoide.
Excesso do Hormônios da Tireoide (tireotoxicose e/ou hipertireoidismo):
  • Palpitações
  • Tremores
  • Perda de peso não proposital
  • Agitação e insônia
  • Pele quente e úmida

Falta do Hormônio da Tireoide (hipotireoidismo):
  • Cansaço crônico e progressivo
  • Alteração no ciclo menstrual
  • Unhas quebradiças
  • Queda de Cabelos
  • Pele seca e fria


ATENÇÃO: Algumas outras doenças importantes podem causar sintomas semelhantes ao aumento da tireoide e avaliação correta pelo especialista é muito importante. As principais doenças nesta região são:
  • Tumores de cabeça e pescoço (laringe e faringe)
  • Aumento dos gânglios linfáticos (linfomas)
  • Lesões de cordas vocais
  • Doenças neuromusculares 
  • Tumores de Pulmão


O que provoca o aumento da Tireoide?
Existem duas formas de aumento da tireoide:
  • nódulos: benignos ou câncer de tireoide
  • aumento difuso e uniforme: tireoidites (inflamações) agudas ou crônicas

Como é feita a avaliação da Tireoide?   
A avaliação começa pela dosagem dos hormônios relacionados à função da Tireoide (TSH e T4 livre). Caso o exame físico esteja alterado (aumento de volume ou nódulos na glândula) uma ecografia da tireoide pode ser solicitada. A radiografia ou tomografia da região pode ajudar a avaliar o comprometimento das outras estruturas.
Quando a tireoide produz excesso de hormônios a causa deve ser identificada.
Exames como a cintilografia com captação de iodo e anticorpos dosados no sangue podem ser úteis. 

Como é feito o tratamento?
Caso ocorra excesso na produção de hormônios, o tratamento geralmente envolve medicamentos que inibem a produção dos hormônios como as tionamidas ou o iodo radioativo.
Quando há a falta dos hormônios da Tireoide, está recomendada a reposição através do uso da (levo)tiroxina.

Nódulos na Tireoide:
Os nódulos de tireoide são muito frequentes. Podem ocorrer em grande número e serem bastante volumosos. 
Além disso, podem produzir hormônios em excesso, mas a grande maioria é inativa. O risco de câncer é baixo, mas devem ser avaliados com cuidado. 

Punção da Tireoide:
Quando há presença de nódulos, a punção da tireoide por agulha fina (PAAF) com anestesia guiada por ecografia pode ser indicada dependendo do  amanho e das características do nódulo.
Cirurgia da retirada da tireoide (tireoidectomia):
Quando os nódulos são muito volumosos, causam desconforto (dor, dificuldade para engolir) ao paciente ou aparentam ser malignos, a cirurgia está indicada.

Quando devo consultar o especialista?
O médico especializado em distúrbios da tireoide é o endocrinologista. A avaliação correta das características dos nódulos, da função hormonal e da indicação cirúrgica pode ser complexa, necessitando de uma boa integração do endocrinologista com o cirurgião de cabeça e pescoço. Além disso, é recomendado que o acompanhamento do câncer de tireoide seja feito por um endocrinologista.

quarta-feira, 18 de outubro de 2017

Deficiência de Vitamina B12: mais comum do que você imagina


Uso de medicações para Refluxo e Diabetes, além do Hipotireoidismo e da Cirurgia Bariátrica podem estar relacionados à deficiência da vitamina B12. Saiba mais neste artigo completo.

A Vitamina B12 é importante para diversos processos do organismo. O uso crescente de medicações para Refluxo e Diabetes, além de algumas condições clínicas frequentes como o Hipotireoidismo e a Cirurgia Bariátrica vem aumentando cada vez mais o surgimento de novos casos de deficiência de Vitamina b12. Saiba quais são os sintomas e como é feito o diagnóstico.

Para que serve a vitamina B12?

A vitamina B12 (cobalamina) é necessária para produção das células sanguineas (glóbulos brancos, vermelhos e plaquetas), para regeneração dos nervos e neurônios e fortalecimento dos fios de cabelo e unhas. Além disso, é importante para quem planeja ou já está gestando.


Quais são os sintomas da falta da vitamina B12?

Geralmente a deficiência desta vitamina causa poucos sintomas, ou estes são pouco perceptíveis.
  • Anemia
  • Falta de memória
  • Queda de cabelos
  • Unhas quebradiças
  • Sintomas de demência (geralmente em idosos)
  • Formigamentos em pés e mãos

Onde encontramos a vitamina B12 na natureza?

Ela está presente nos alimentos de origem animal como carne e ovos. Alguns produtos como cereais matinais recebem suplementação de B12. Pessoas que possuem uma dieta balanceada ingerem quantidades suficientes de vitamina B12.

Quem tem mais risco de desenvolver deficiência da vitamina B12?

A principal fonte da vitamina b12 é a alimentação. Pessoas que consomem pouca carne e ovos ou possuem alguma deficiência de absorção têm risco aumentado. 

PRINCIPAIS CONDIÇÕES QUE PODEM PROVOCAR FALTA DE VITAMINA B12:

Vegetarianismo estrito

Pessoas que não consomem carne podem desenvolver a anemia. No entanto, vegetarianos que ingerem ovos de galinha regularmente dificilmente vão desenvolver a falta da vitamina b12.

Hipotireoidismo: 

O mecanismo específico ainda não é bem conhecido. Acredita-se que o motivo seja a presença de anticorpos (anti-tireoperoxidase ou anti-TPO). No entanto, em paciente cujos anticorpos não estão presentes uma prevalência de até 40% de caso de deficiência de vitamina B12. 

Cirurgia Bariátrica

Durante a cirurgia bariátrica (By-pass em Y de roux e Sleeve), uma parte estômago é grampeada (isolada). Nesta região, é produzida uma substância fundamental para absorção da vitamina B12. Logo, todas as pessoas que se submeteram a estes procedimentos devem fazer reposição de vitamina B12, preferencialmente através da formulação intra-muscular.

Vale lembrar que os estoques da vitamina duram até 1 ano e meio, por isso a deficiência não “aparece” nos primeiros anos após a cirurgia.


Usuários de Metformina (medicação para Diabetes):

A deficiência de vitamina B12 em pessoas que utilizam metformina pode ocorrer em até 10% dos casos e pode manifestar-se em menos de 3 meses de uso da medicação. O monitoramento dos níveis de B12 deve ser realizado pelo menos uma vez ao ano.

Outras condições associadas:
  • Usuários de medicações para refluxo/piorose (os -prazóis)
  • Gastrite (especialmente na presença de H.Pylori)
  • Doença Celíaca não tratada ou doença inflamatória intestinal

Como é feito o diagnóstico da deficiência da vitamina B12?

É feito através da dosagem da vitamina no sangue. Os valores dependem de cada laboratório. Na presença de sintomas sugestivos, o tratamento pode ser indicado mesmo em valores limítrofes.

Em geral, valores acima de 300 pg/mL são considerados normais. O excesso de vitamina B12 praticamente não tem relevância clínica e isoladamente não prejudica a saúde.

Como é feito o tratamento da deficiência de Vitamina B12?

O Tratamento é feito através da reposição da vitamina por via oral (dose diária ou 2-3x por semana) ou intra-muscular (dose mensal ou a cada dois meses). A preparação por via intra-muscular apresenta custo cerca de 10 vezes menor (cerca de 3 reais por mês).

ATENÇÃO: A reposição deve ser realizada somente após orientação e prescrição do seu médico.

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segunda-feira, 16 de outubro de 2017

12 sintomas do câncer de mama


Os sintomas inicias de câncer de mama estão relacionados com alterações visíveis, como diferenças na forma ou na sensibilidade da mama, por exemplo.

Estes sinais podem surgir tanto na mulher como no homem e, quando descobertos precocemente, podem aumentar as chances de cura.





Assim, os 12 sintomas de câncer de mama que não devem ser ignorados incluem:

1.Alterações do tamanho ou forma da mama;
2.Vermelhidão, inchaço, calor ou dor na pele da mama;
3.Nódulo ou caroço na mama, que está sempre presente e não diminui de tamanho;
4.Inchaço e nódulos frequentes nas ínguas das axilas;
5.Assimetria entre as duas mamas, como, por exemplo, uma muito maior que a outra;
6.Presença de um sulco na mama, como se fosse um afundamento de uma parte da mama;
7.Endurecimento da pele da mama, semelhante a casca de laranja;
8.Coceira frequente na mama ou no mamilo;
9.Formação de crostas ou feridas na pele junto do mamilo;
10.Liberação de líquido pelo mamilo, especialmente sangue;
11.Inversão súbita do mamilo;
12.Veia facilmente observada e crescente.


Estes sintomas podem surgir em simultâneo ou isoladamente e, podem ser sintomas de câncer na mama inicial ou já avançado. Além disso, a presença de um algum destes sintomas não significa necessariamente a existência de câncer na mama, mas, deve-se consultar o médico mastologista, pois pode ser um nódulo benigno ou uma inflamação do tecido mamário, que necessita de tratamento. 

Quando existem outros casos de câncer de mama ou de ovário na família é recomendado avaliar o risco de se ter estes tipos de câncer. Para isso, é importante fazer um exame chamado teste genético.

Sintomas de câncer de mama feminino
A mulher com câncer de mama pode apresentar os sintomas referidos, como libertação de liquido pelo mamilo ou alteração do tamanho da mama, por exemplo. 

Para detetar precocemente o câncer, a mulher deve fazer o autoexame da mama frequentemente. 

Sintomas de câncer de mama masculino 


Os sintomas de câncer de mama no homem são semelhantes aos sintomas de câncer de mama na mulher, por isso, quando existe algum tipo de alteração na mama, é importante consultar um mastologista para diagnosticar o problema e iniciar o tratamento adequado. 

Sintomas de câncer de mama avançado
Os sintomas de câncer de mama avançado incluem outros sinais não relacionados com as mamas, como náuseas, dor nos ossos, perda de apetite, fortes dores de cabeça e fraqueza muscular e devem ser observados pelo mastologista o mais depressa possível.

terça-feira, 10 de outubro de 2017

Por que algumas pessoas nunca engordam?


Por que algumas pessoas nunca engordam?

Nosso corpo possui um sistema que determina o quanto da energia obtida através da alimentação será utilizada para as atividades metabólicas, e o quanto será armazenada. A isso se chama balanço energético.

Grande parte desse balanço energético se dá no tecido gorduroso, que pode ser classificado em dois tipos: branco e marrom.

O tecido adiposo branco é distribuído através do subcutâneo, grupamentos musculares, órgãos e vísceras ocas da cavidade abdominal e mediastino. Também é conhecido como gordura visceral. Não só armazena e fornece energia como também faz parte do controle metabólico do organismo.

Já o tecido adiposo marrom atua na manutenção da temperatura corporal através da queima de calorias, ou seja, está envolvido na determinação do gasto energético envolvido nesse processo, conhecido como termogênese.

Pensava-se que o tecido adiposo marrom estava presente apenas em recém-nascidos, porém estudos recentes mostram que está presente também em adultos, e sua quantidade varia de pessoa para pessoa. Está localizado principalmente em regiões próximas ao pescoço e ao longo dos principais vasos do tórax e do abdomen. 

O balanço energético depende em parte da atividade termogênica durante o repouso, que interfere no acúmulo de gordura corporal a longo prazo. A capacidade que o organismo tem de produzir energia durante o repouso tem papel cada vez mais importante na regulaçao do peso corporal à medida que adotamos hábitos mais sedentários.

Afinal, por que algumas pessoas não engordam?

A resposta está no tecido adiposo marrom. Este estudo mostra pela primeira vez que o tecido adiposo marrom em mulheres com magreza constitucional tem efeito protetor contra o acúmulo de gordura, principalmente pelo uso preferencial da gordura como forma de obter energia no repouso, o que não foi observado nos outros grupos estudados (mulheres com peso normal ou portadoras de anorexia nervosa).

Esse estudo traz novas perspectivas para o desenvolvimento de terapias que visem a estimular a atividade do tecido gorduroso marrom, seja fisiológica ou farmacologicamente, na tentativa de combater a obesidade e as doenças associadas a este quadro.

Concluindo: essas pessoas que há muito tempo vem sendo injustamente chamadas de "magras de ruim", na verdade são inocentes portadoras de um metabolismo avantajado.

Consulte nosso endocrinologista: https://goo.gl/1Sgiyd

quinta-feira, 5 de outubro de 2017

MAMOGRAFIA: Entenda o Exame e a sua Importância


MAMOGRAFIA: ENTENDA O EXAME E A SUA IMPORTÂNCIA

A mamografia é um exame radiográfico de extrema importância, que tem como objetivo a avaliação das mamas. A partir dela, é possível identificar lesões benignas ou malignas, que geralmente surgem como nódulos.

O exame é realizado através de um aparelho de raio-x específico: o mamógrafo. O mamógrafo é capaz de identificar nódulos e calcificações antes mesmo de ser possível identificá-los através da palpação, portanto, a mamografia é um exame fundamental para a detecção precoce do câncer de mama.

Recomenda-se que o exame seja realizado anualmente por mulheres com mais de 40 anos. Para as mulheres que possuem histórico familiar de câncer de mama, é indicado que o exame seja realizado anualmente a partir dos 30 anos de idade.

Dicas para a realização do exame:

-Você precisará usar um avental específico da cintura para cima, portanto, vista duas peças de roupas separadas no dia do exame. Por exemplo: uma calça e uma camiseta confortável.

-Evite agendar o exame em um período próximo à menstruação. Devido às alterações hormonais, as mamas ficam mais sensíveis neste período, o que pode tornar o exame desconfortável.

-Converse com o seu médico e informe suas limitações, como implantes mamários, dificuldades para mover os braços, sensibilidade em alguma área da pele ou suspeita de gravidez.

-No dia do exame, não use cosméticos, como hidratantes ou desodorantes, na área das mamas.

A mamografia salva vidas! Converse com o seu médico e agende o exame. Lembre-se de compartilhar essa informação com as mulheres que você ama.

quarta-feira, 4 de outubro de 2017

Sobre o Câncer, O que é?


Sobre o Câncer, O que é?

Todo câncer se caracteriza por um crescimento rápido e desordenado de células, que adquirem a capacidade de se multiplicar. Essas células tendem a ser muito agressivas e incontroláveis, determinando a formação de tumores malignos (câncer), que podem espalhar-se para outras regiões do corpo. O câncer também é comumente chamado de neoplasia.

O câncer de mama, como o próprio nome diz, afeta as mamas, que são glândulas formadas por lobos, que se dividem em estruturas menores chamadas lóbulos e ductos mamários. É o tumor maligno mais comum em mulheres e o que mais leva as brasileiras à morte, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca).

Segundo a Estimativa sobre Incidência de Câncer no Brasil, 2014-2015, produzida pelo Inca, o Brasil terá 576 mil novos casos de câncer por ano. Desses, 57.120 mil serão tumores de mama.

O câncer de mama é relativamente raro antes dos 35 anos, mas acima dessa idade sua incidência cresce rápida e progressivamente. É importante lembrar que nem todo tumor na mama é maligno e que ele pode ocorrer também em homens, mas em número muito menor. A maioria dos nódulos (ou caroços) detectados na mama é benigna, mas isso só pode ser confirmado por meio de exames médicos.

Quando diagnosticado e tratado ainda em fase inicial, isto é, quando o nódulo é menor que 1 centímetro, as chances de cura do câncer de mama chegam a até 95%. Tumores desse tamanho são pequenos demais para serem detectados por palpação, mas são visíveis na mamografia. Por isso é fundamental que toda mulher faça uma mamografia por ano a partir dos 40 anos.

Fatores de risco

O câncer de mama – e o câncer de forma geral – não tem uma causa única. Seu desenvolvimento deve ser compreendido em função de uma série de fatores de risco, alguns deles modificáveis, outros não.

O histórico familiar é um importante fator de risco não modificável para o câncer de mama. Mulheres com parentes de primeiro grau (mãe ou irmã) que tiveram a doença antes dos 50 anos podem ser mais vulneráveis.

Entre outros fatores de risco não modificáveis estão o aumento da idade, a menarca precoce (primeira menstruação antes dos 11 anos de idade), a menopausa tardia (última menstruação após os 55 anos), nunca ter engravidado ou ter tido o primeiro filho depois dos 30 anos.

Já os fatores de risco modificáveis bem conhecidos até o momento estão relacionados ao estilo de vida, como o excesso de peso e a ingestão regular (mesmo que moderada) de álcool. Alterá-los, portanto, diminui o risco de desenvolver a doença. No entanto, a adoção de um estilo de vida saudável nunca deve excluir as consultas periódicas ao ginecologista, que incluem a mamografia anual a partir dos 40 anos.

quarta-feira, 27 de setembro de 2017

10 Coisas que Você Precisa Saber sobre Gestantes com Diabetes


A gestação determina uma série de transformações na vida de uma mulher. Essas alterações, que são de natureza anatômica e fisiológica, geram ansiedade e também uma série de cuidados. Para a vida de uma futura mamãe com diabetes não é diferente, contudo, as precauções e as preocupações são maiores.

Seguem abaixo 10 coisas que toda gestante com diabetes deve fazer e saber.

1- Todas as malformações que acontecem nos filhos de mães com diabetes afetam órgãos que se formam nas oito primeiras semanas de vida intrauterina. É importante programar a gravidez para que a futura mamãe esteja recebendo o devido tratamento.

2- Caso a mãe engravide sem uma programação, não há motivo para pânico. O medo e apreensão dificultam o controle da taxa de glicemia no sangue. A melhor saída, em todos os casos, é ter confiança, procurar um médico imediatamente e seguir à risca todo o tratamento.

3- Bebês nascidos de mães com diabetes podem apresentar um maior risco de desconforto respiratório, macrossomia, policitemia com hiperviscosidade, hipoglicemia, malformações congênitas, hipocalcemia e hipomagnesemia, mas o controle glicêmico adequado durante a gravidez evita estes tipos de complicação.

4- Muitas mães se sentem culpadas e temerosas de que o filho venha a ter problemas por conta do diabetes, atitude que dificulta o tratamento. É preciso ter pensamento positivo sempre. O apoio da família, e em determinados casos, de um psicólogo são importantíssimos nesta fase.

5- Até o presente momento, não há estudos que comprovem a segurança de antidiabéticos orais, por isso, não são recomendados para realizar o controle de glicemia das gestantes. Mesmo atravessando a barreira placentária, porém em pouca quantidade, a insulina é o método mais eficaz e indicado pelos médicos para manter a glicemia controlada. Mulheres diabéticas que usam medicação oral não devem interromper o seu uso até a consulta médica, que deve ser providenciada o mais breve possível

6- Independente de o parto ser normal ou cesáreo, a mãe tem que ter uma assistência médica constante, pois a necessidade de insulina diminui após o nascimento do bebê, podendo provocar uma hipoglicemia na mãe.

7- A automonitorização glicêmica, que é a prática do paciente diabético de medir e regulamentar a sua própria glicemia através de fitas e/ou aparelhos de uso doméstico, é fundamental na época da gestação. Junto ao pré-natal, é importantíssimo que a futura mamãe o realize constantemente, com orientação médica. 

8- A mulher deve ainda ser incentivada a realizar atividades físicas com exercícios próprios para gestantes, como hidroginástica, caminhadas e aulas de alongamento e relaxamento corporal, porém, sempre respeitando seus limites. Mulheres que não costumam fazer exercícios físicos, devem aguardar a orientação do médico sobre o que podem fazer.

9- É importantíssimo cuidar da alimentação, praticar exercícios e realizar os exames recomendados, como fundo de olho e microalbuminúria a cada trimestre da gestação, de acordo com a indicação médica.

10- Na hora de escolher entre o parto normal ou a cesárea, a decisão é da paciente, que pode tirar dúvidas com o médico obstetra. A escolha do tipo de parto vai depender bastante do estado de saúde da mãe e do controle do diabetes. Por isso, há necessidade de uma assistência médica constante, de preferência com um obstetra especializado em gestações de alto risco.

Cada vez aumenta o número de partos bem sucedidos de gestante com diabetes, com mãe e bebê perfeitamente saudáveis e sem complicações.

Consulte nosso Endrocrinologista, SAIBA MAIS 

quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Quando procurar o endocrinologista?


O Endocrinologista é o médico que cuida dos transtornos das glândulas endócrinas. As glândulas endócrinas são órgãos que secretam substâncias no sangue,  conhecidas como hormônios.

A Endocrinologia visa reconhecer e tratar os problemas com esses hormônios, ajudando a restabelecer o equilíbrio do organismo. O campo de atuação do endocrinologista é extremamente vasto, visto que os hormônios regulam praticamente todas as funções orgânicas, e portanto as alterações hormonais podem provocar diversas doenças, envolvendo o organismo como um todo.


Quais são as doenças causadas por alteração de hormônios?

Diabetes - Alteração dos níveis de açúcar do sangue, decorrente da falta de produção ou da falta de ação da insulina, um importante hormônio produzido pelo pâncreas.  O chamado “pré diabetes” é uma alteração no organismo que leva à resistência à ação da insulina. Existem ainda algumas doenças que podem provocar a queda da glicose sanguínea, ou hipoglicemia;

Doenças da Tireóide - Podemos ter o hipertireoidismo, funcionamento excessivo da tireóide, com níveis aumentados de hormônios tireoidianos no sangue e as complicações decorrentes desse excesso; o hipotireoidismo, mau funcionamento da tireóide, levando à redução dos níveis sanguíneos dos hormônios tireoidianos e suas conseqüências; o bócio, crescimento exagerado da tireóide, produzindo uma massa na região anterior do pescoço, e os nódulos tireoidianos. Outros exemplos de doenças da tireoide: Bócio Multinodular Tóxico, Doença de Graves, Tireoidite de Hashimoto.

Obesidade – Nos últimos anos a obesidade foi reconhecida como sendo uma doença, devido aos múltiplos problemas que pode acarretar à saúde das pessoas, além dos graves transtornos sociais e psicológicos que a acompanham. A obesidade possui múltiplas causas, e apesar de sabermos que apenas uma pequena proporção dos casos de obesidade é provocada por excesso ou deficiência de alguns hormônios, freqüentemente é acompanhada de outras doenças endócrinas, tais como a diabetes, os transtornos do colesterol e a síndrome dos ovários policísticos.

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segunda-feira, 18 de setembro de 2017

3 dicas para lidar com comportamentos infantis difíceis



3 dicas para lidar com comportamentos infantis difíceis


Quando começamos uma orientação de pais ou um atendimento psicoterápico com crianças, um dos primeiros pontos que costumo abordar com os pais, e/ou cuidadores da criança, é o seguinte:  existe uma linguagem única em casa para essa criança?

O que quero dizer com isso? É comum pais divergirem sobre a forma como educam a criança, tanto num aspecto mais amplo do que significa educação quanto em aspectos mais simples que envolvem a rotina do dia a dia.

Por exemplo, a mãe acha que o filho deve sentar-se à mesa e fazer as refeições sem assistir televisão. O pai considera que não tem nada demais. Quando a criança está só com a mãe em casa, ela obedece. Contudo, na presença do pai ela pede para assistir televisão enquanto come. O pai então fala para a mãe que não tem nada demais, que pode deixar. Começam a discordar um do outro na frente da criança. A mãe acaba cedendo.

Outro exemplo: o pai acha que a criança não deveria assistir tv ou ficar no celular/ tablet antes de dormir. A mãe acha que não tem nada demais. Então, mais uma vez a criança fica tentando usar dessas brechas para ela fazer o que quer. Pai e mãe não entram em acordo. E vez por outra estamos diante de um conflito, de um comportamento difícil porque a mãe agiu de uma forma com a criança e o pai de outra.

Isso quer dizer que o casal, os pais, não falam a mesma linguagem para criança. Eles lidam com os mesmos comportamentos infantis de formas diferentes um do outro. Um oferece uma consequência e o outro tira, para um existe uma regra que para o outro não precisa ser cumprida.

Mas, isso parece tão pequeno. Isso tem tanta importância mesmo para o comportamento do meu filho? Sim. Tem e muita.

Ninguém nos ensina a sermos pais. Não existe curso para isso. Vamos fazendo conforme nossas experiencias como filhos repercutiram em nós, conforme lemos e no que acreditamos.

Hoje é verdade temos muito acesso a artigos e livros de qualidade que falam sobre o desenvolvimento infantil. Entretanto, costumamos ir vivendo e aprendendo, mas não paramos para refletir antes, nem mesmo se o artigo ou livro que lemos é pertinente a nossa realidade, faz sentido para nós ou nossa família.

Seria muito bom antes de sermos pais pensarmos sobre tudo isso e principalmente nos conhecermos. Não costumamos nos autoconhecer o suficiente, por isso nossas experiencias na infância acabam influenciando negativamente em nossas atitudes como pais.

Dito isso, as minhas sugestões para pais e cuidadores são:

Pratiquem o autoconhecimento

Reflitam sobre a rotina de vocês, seus valores, seus desejos para si como casal e para criança: Como querem educá-la? O que faz sentido realmente para a família de vocês? O que a família tem condições emocionais, físicas, financeiras de fazer para conduzir a educação da criança? Assim, vocês tomarão decisões que funcionarão, farão mais sentido para vocês e terão maior segurança nelas.

Quando não nos conhecemos o suficiente ou não refletimos sobre nós e nossa família acabamos, algumas vezes, tomando decisões para agradar mais aos outros do que a nós mesmos, ou simplesmente porque que todos estão fazendo, ou deu certo para a família de outra pessoa. Cada família é única e você precisa conhecer melhor do que ninguém a sua.

Sentem para conversar sobre como desejam educar a criança de vocês.

O que vocês acham importante para a formação dela? Como vocês consideram mais adequado que seja a rotina dela? Quais as regras que ela deverá obedecer? Quais podem ser negociadas? Façam isso, por exemplo, ao estabelecer uma rotina para criança de vocês. Podem discutir, argumentar um com o outro, mas não questionem a autoridade um  do outro na frente da criança.

Quando vocês questionam uma decisão em relação a criança na frente dela. Vocês tiram a autoridade do seu companheiro ou companheira diante da criança.

A criança precisa reconhecer os pais como autoridades, para que possa se sentir segura e ter uma relação de confiança com os pais. O que é fundamental para um bom desenvolvimento emocional.

Criem em acordo uma rotina para criança

É muito importante a criança ter uma rotina a ser seguida. Não precisa ser sempre inflexível. É interessante abrir exceções em momentos específicos e com o consentimento do pai e da mãe. Para que a criança reconheça uma exceção, antes, ela precisa saber o que é uma regra.

Quando uma mãe segue uma rotina com a criança, mas frequentemente o pai, avó ou avô, tira essa criança da rotina, isso dificulta que a criança assimile as regras e as consequência de seu comportamento. Então, combine com quem cuida da criança frequentemente as regras e as rotinas da educação do seu filho e sigam todos as mesmas regras e as mesmas consequências para determinado comportamento. Acordem se irão colocar a criança de castigo, por exemplo, ou se não se utilizarão do castigo na correção dos comportamentos dela.

A criança precisa viver uma mesma rotina e uma mesma linguagem na educação para que possa assimilar mais facilmente a realidade e se adaptar a ela. Caso contrário ela usará de brechas para tentar fazer o que ela quer, que muitas vezes pode não ser o melhor para ela. Enquanto crianças, seres em formação, quem sabe o que é melhor para a criança são os pais.

Tudo isso que aqui foi exposto traz maior segurança para a criança e senso de regularidade, o que é a base para minimizar os conflitos e os comportamentos difíceis que a criança possa apresentar.
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