A banana é uma das frutas mais consumidas em todo o mundo, e representa a quarta fonte principal de energia após o milho, arroz e trigo. É uma rica fonte de minerais caracterizando um importante componente na alimentação mundial.
A banana verde é considerada um alimento funcional por possuir amido resistente, o qual não é absorvido no intestino delgado, sendo fermentado no intestino grosso pelas bactérias intestinais produzindo ácidos graxos de cadeia curta (AGCC), que agem na prevenção de doenças inflamatórias do intestino e auxiliam na manutenção da integridade do epitélio intestinal.
É um alimento de alto valor nutritivo, recomendado para diversas patologias, por sua habilidade de estimular a proliferação de bactérias acidófilas benéficas ao homem, além de normalizar as funções do cólon. Seu consumo é indicado em casos colite ulcerativa, úlcera gástrica, nefrite, gota, doença cardiovascular e doença celíaca.
Possui uma grande quantidade de amido resistente, além de uma vasta gama de vitaminas e minerais presentes tanto na polpa, quanto na casca. O sabor é caracterizado por forte adstringência, determinada pelos taninos e, a medida que o fruto amadurece ocorrem reações desses compostos levando ao aumento na doçura e redução em sua acidez.
A farinha, principal subproduto da banana verde, é a forma mais comum de preservação tanto da banana quanto de sua casca. Pode ser obtida por meio de secagem natural ou artificial através de bananas verdes ou semi verdes das variedades: Prata, Terra, Cavendish e Nanica.
Quando bem processada , a farinha de banana verde possui um grande interesse industrial para o desenvolvimento de novos produtos, como pães, macarrões e biscoitos, podendo também vir a ser utilizada como forma de enriquecimento dos alimentos por se fonte de amido e sais minerais.
Estudo realizado por BORGES, A.M, PEREIRA, J. e LUCENA, E.M.P (2009) indica que a cada 100g de farinha de banana verde são encontrados 1.180mg de potássio podendo ser considerada uma rica fonte desse mineral. Foi encontrado também um elevado teor de cálcio, que participa de diversas funções corporais, destacando-se a função estrutural, quando comparada a farinha de trigo. Além destes, também foi constatada a presença em quantidades elevadas de magnésio.
Neste mesmo estudo, quando comparada à banana madura, a farinha de banana verde demonstrou apresentar um maior teor de ferro, zinco, manganês e cobre.
A biomassa de banana verde é um purê que atua como espessante, ou seja aumenta o rendimento dos produtos não alterando o sabor dos alimentos e ainda aumenta a quantidade de fibras, proteínas e nutrientes.
Ambos os produtos possuem um elevado teor de fibras, sendo assim promovem a saciedade e quando consumidos em adição a uma dieta equilibrada podem auxiliar no processo de emagrecimento.
BIOMASSA DE BANANA VERDE
5 bananas verdes
Levar as bananas a panela de pressão com água suficiente para cobri-las por aproximadamente 20 minutos. Depois de cozidas, descasca-las e amassar com o auxilio de um garfo até ficar com consistência de massa
Armazenar em recipiente de vidro ou plástico hermeticamente fechado, previamente higienizado, sob refrigeração por até 5 dias.
BRIGADEIRO COM BIOMASSA DE BANANA VERDE
1 xícara de biomassa de banana verde
1 e ½ colher de sopa de cacau em pó
1 lata de leite condensado diet
Misture todos os ingredientes numa panela e leve ao fogo. Mexa até soltar do fundo da panela, no ponto de enrolar os docinhos.
Deixe esfriar, enrole e passe sobre o chocolate granulado ou coco ralado.
A vantagem desse brigadeiro é que além de não sentir diferença no sabor, você não vai absorver tanta gordura (consequentemente é menos calórico!) por causa do amido resistente da biomassa.
CLAUDIA BASTOS DE OLIVEIRA
Nutricionista – CRN 8253
Pós graduando em Nutrição Esportiva
Funcional – VP Consultoria
FONTES:
ALENCAR, L.O. et al. Desenvolvimento, aceitabilidade e valor nutricional de brigadeiro com biomassa de banana verde. R. Interd., v.7, n.4, p.91-98, out./dez., 2014.
BORGES, A.M., PEREIRA, J., LUCENA, E.M.P. Caracterização da farinha de banana verde. Ciênc. Tecnol. Aliment. Campinas, v.29, n.2, p.333-339, abr./jun., 2009.
SILVA, G.M.S. et al. Avaliação sensorial de doce de chocolate “brigadeiro” com potencial funcional. Caderno Verde de Agroecologia e Desenvolvimento Sustentável, v. 7, n. 1, dezembro, 2014.
0 comentários:
Postar um comentário