quarta-feira, 28 de março de 2018

Saiba como cuidar dos pés e das unhas do bebê


Macacão com pezinho e calçados apertados ameaçam o conforto do seu filho

Fome, sono e cólicas são as causas de choro mais comuns entre os bebês. Um problema simples de resolver, mas muito desconfortável, costuma passar despercebido pelos pais: a falta de cuidados com as unhas do pé da criança. Dores causadas porque ele esperneou demais, e acabou batendo em alguma coisa, ou um cantinho de unha que inflamou incomodam bastante e, nem sempre, recebem a atenção merecida. A podóloga infantil Yumi Ikeda, de São Paulo, afirma que a maioria dos pais faz a escolha dos calçados infantis sem pensar no quanto o modelo pode atrapalhar o crescimento das unhas, por exemplo. Veja os conselhos dela e de outros especialistas para manter os pés do seu filho longe de qualquer incômodo.

Corte as unhas - com cuidado!

Corte as unhas - Foto: Getty Images

A podóloga infantil Yumi Ikeda afirma que o melhor momento para cortar as unhas do bebê é quando ele está dormindo. "Antes de começar, lave bem as mãos e use somente instrumentos esterilizados. O formato do corte depende do formato do dedo da criança. Mas, em geral, procure fazer um corte reto, que deixa os cantos crescerem para fora da pele", afirma. Cortes arredondados favorecem o surgimento de unha encravada. A manutenção deve ser feita a cada 20 dias. No caso de haver peles mortas no dedo do bebê, é melhor consultar um profissional de podologia infantil antes de cortar - isso evita machucados e inflamações.

Unhas encravadas

Além de fazer o corte correto das unhas, evitar macacões ou meias que apertam demais os pés do bebê é fundamental para prevenir inflamações na unha. "O atrito e pressão dessas peças junto à pele pressiona as unhas, que acabam encravando", afirma Yumi Ikeda. Procure optar por sapatinhos com materiais mais flexíveis ou de numeração maior.

Nada de macacão e sapato apertado

"Os ossos dos pés vão se formando com o passar dos anos e, por isso, é muito importante optar por calçados que permitam o crescimento dos pés", conta o ortopedista Sérgio Costa, de São Paulo.Segundo ele, macacões fechados nos pés precisam ser mais folgados para permitir que os dedos se movimentem. Também é preciso respeitar o formato e o tamanho dos pezinhos na hora de escolher modelos com a frente mais quadrada ou arredondada, por exemplo.

Calçado ideal

Calçado do bebê - Getty Images

Em vez de escolher o sapatinho mais bonito, prefira o modelo mais confortável para o seu bebê. Algumas características ajudam nessa escolha: procure modelos com formato anatômico, presença de uma palmilha elevada na região do arco longitudinal (aquela curvinha na parte de dentro do pé), solado antiderrapante e material firme e estável - solados de borracha e couro bem molinho, com revestimento interno de tecido, são boas opções.

Higiene adequada

Higiene do bebê - Getty Images

O pezinho precisa ser cuidadosamente enxugado após o banho do bebê, com atenção especial entre os dedinhos. Apesar de eles ainda não se sujarem muito e mal andarem, é preciso sempre deixar os calçados arejados e as meias limpas, trocadas com frequência. Isso evita não só o mau cheiro, como fungos e bactérias que se desenvolvem em locais escuros e úmidos.

De olho na curvatura

Pé do bebê - Getty Images

Alguns bebês podem ter pouca curvatura dos pés. Mas, na maioria das vezes, isso não é motivo de preocupação até os cinco anos de idade, quando o formato dos pés finalmente se define. "O desenvolvimento dessa curvatura é gradual, acompanhando o crescimento dos ossos da criança", afirma o ortopedista Sérgio Costa. O médico lembra que esses ossos são pequenos e bem frágeis, podendo se deformar com fatores externos, como calçados inadequados ou modo de caminhar errado. Caso os pais notem alguma alteração no pé, o ideal é mostrar o problema ao pediatra e verificar se há necessidade de alguma correção ortopédica.

Protetor solar

Protetor solar no bebê - Getty Images

Os pés não devem ser esquecidos na hora de passar protetor solar. A pele do bebê é bem mais fina e delicada que a de um adulto e, por isso, ainda mais sensível ainda aos raios solares. Seja na praia ou quando o bebê ficar descalço em um ambiente ao ar livre, mãos e pés precisam estar sempre protegidos contra os raios ultravioletas.

segunda-feira, 26 de março de 2018

Sete mudanças de hábito que contribuem para baixar o colesterol


Escolher peixe em vez de carne, por exemplo, pode mudar o rumo da doença

Embora a palavra colesterol tenha adquirido um sentido pejorativo, ele é um tipo de gordura indispensável para o funcionamento do nosso metabolismo e está presente em todas as células do corpo. O problema é que existem dois tipos de colesterol: o HDL, chamado comumente de bom colesterol, e o LDL, o colesterol ruim. Em excesso, este último pode gerar diversas complicações para a saúde cardiovascular, podendo até levar à morte. Para evitar esses problemas, o Minha Vida reuniu sete dicas de hábitos que ajudam a prevenir ou - para aqueles que já receberam o diagnóstico - controlar a doença. Confira:

Optar pelo azeite de oliva
Embora seja calórico, com recomendação diária máxima estipulada em duas colheres de sopa, o azeite de oliva não só ajuda a diminuir o mau colesterol (LDL) como ainda aumenta o bom colesterol (HDL), explica o cardiologista e nutrólogo Daniel Magnoni, do Hospital do Coração (Hcor), de São Paulo. Isso ocorre graças aos antioxidantes, como as gorduras monoinsaturadas e a vitamina E presentes no alimento.

Mas, apesar de fornecer esses e outros benefícios, como a capacidade de controlar o diabetes tipo 2, o azeite não deve ser a primeira opção na hora de preparar alimentos fritos. Neste caso, o mais recomendado é usar o óleo de soja, uma vez que ele mostra mais resistência à formação de compostos tóxicos quando aquecido.

Trocar a carne por peixe
Para alguns, a associação entre peixes e ácidos graxos ômega 3 é imediata. Mas será que você sabe por que eles são tão bem-vindos na dieta? Um dos motivos é o fato de eles serem uma gordura boa, do tipo insaturada, que reduz, portanto, os níveis de colesterol e triglicérides do sangue.

Além disso, como completa o cardiologista, eles ainda evitam a formação de coágulos que podem obstruir vasos, podendo causar um infarto. Ácidos graxos ômega 3 estão presentes em peixes, como salmão, truta e atum, e em outros alimentos, como linhaça, nozes, rúcula e milho.

Praticar exercícios
Exercícios - Foto Getty Images
"Praticar exercícios físicos regularmente é uma maneira eficaz de aumentar a queima de gordura corporal, reduzindo o mau colesterol (LDL)", aponta Daniel Magnoni. Treinos frequentes também atuam na perda de peso e no controle do diabetes e da pressão alta, problemas que muitas vezes acompanham quem está com colesterol alto. Resumindo: você melhora a sua saúde e, de quebra, ainda entra em forma.

Consumir mais fibras
Fibras não podem ficar de fora do cardápio de quem tem colesterol. Primeiro porque elas diminuem a absorção de gorduras pelo organismo, reduzindo o nível de LDL. "O outro motivo é o fato de elas aumentarem a excreção de colesterol na forma de bile", esclarece o especialista.

Assim, prefira alimentos integrais e consuma frutas com a casca, sempre que possível. Outro conselho é preferir a fruta em seu estado natural, pois, quando aquecida, ela perde parte de suas fibras.

Largar o cigarro
Fumantes naturalmente têm mais chances de ter problemas cardiovasculares do que os não adeptos ao tabagismo. No caso de quem tem colesterol alto, entretanto, o cigarro ainda age acelerando o aparecimento da aterosclerose, acúmulo de substâncias gordurosas no interior das artérias. Ou seja, os riscos de entupimento de um vaso ficam ainda maiores, aumentando a probabilidade de má circulação e até de um infarto.

Adicionar aveia às refeições
Embora a ingestão de fibras, em geral, seja benéfica para combater e controlar o colesterol, a aveia desempenha um papel de destaque na luta contra essa doença. Isso porque ela promove a sensação de saciedade por mais tempo, melhora a circulação, controla a quantidade de açúcar do sangue e ainda diminui a absorção de gordura pelo corpo, explica o cardiologista.

Tudo isso ocorre graças a uma fibra chamada beta glucana, presente nesse alimento. Melhor ainda é saber que a aveia pode ser adicionada a diversas refeições que incluem frutas, massas e até saladas, realçando seu sabor.

Escolher alimentos à base de soja
Os alimentos à base de soja podem não ter o mesmo sabor da carne original ou do leite, mas a verdade é que, se bem preparados, eles podem ser tão gostosos quanto quaisquer outros. E mais: eles não só combatem o colesterol ruim como ainda aumentam o colesterol bom, conta Daniel Magnoni.

A soja também ajuda a controlar problemas hormonais em mulheres na menopausa e ainda criam uma barreira no organismo contra infecções. Use a criatividade e prepare refeições ricas nesse alimento.

terça-feira, 13 de março de 2018

Síndrome mão-pé-boca: causas, sintomas e prevenção



Vírus é comum em crianças de até 5 anos e tem como principais sintomas o aparecimento de bolhas nas mãos e pés, além das aftas.

Bolhas na palma das mãos, sola dos pés e nos dedos que não param de se multiplicar em uma semana.

Aftas doloridas na gengiva, bochechas e na língua. Dor de cabeça, de garganta, perda de apetite e febre. Se o seu bebê apresenta esses sintomas, ele pode ter desenvolvido a síndrome mão-pé-boca.

A síndrome mão pé boca é causada por um enterovírus chamado Coxsackie, muito comum no sistema digestivo. 

O nome esquisito se refere a uma infecção causada por um enterovírus chamado Coxsackie, muito comum no sistema digestivo. E mesmo que a doença também possa aparecer em adultos, é mais frequente em crianças de até 5 anos de idade. Além dos sinais já citados, as bolinhas também podem atingir outras regiões do corpo como o bumbum, joelhos, cotovelos e até mesmo as genitálias dos pequenos.

O período de incubação, ou seja, da exposição ao vírus até a manifestação dos primeiros sintomas é de dois dias e eles geralmente persistem por um intervalo de 7 a 10 dias.

Algumas crianças também podem apresentar desidratação por sentirem dificuldade para beber água devido a quantidade de aftas na boca. Há a possibilidade de outros terem um quadro assintomático ou apenas se queixarem de dores na região da boca e um número bastante reduzido de bolhas na pele. Isso vai depender do sistema imunológico e das características de cada um.

Contágio da síndrome mão-pé-boca
O vírus pode ser encontrado nas fezes, muco do nariz e até mesmo no espirro e de uma pessoa. Como um dos comportamentos mais comuns da primeira infância é colocar tudo e as próprias mãos na boca, a doença é tão comum em crianças.

Embora os sinais da doença se pareçam muito com os de um resfriado, é fundamental que seja feito um diagnóstico de exclusão, ou seja, que os médicos tenham certeza de que se trata dessa doença em específico. Geralmente, o diagnóstico é confirmado pela presença de bolhas nas mãos e pés e pelas lesões na boca. Exames laboratoriais raramente são solicitados.

Como se trata de um vírus, o tratamento é realizado com base no controle dos sintomas. Portanto, além de antitérmicos, o pediatra pode receitar outros medicamentos para as bolhas e para as feridinhas na boca.

Mesmo que não haja uma vacina contra a doença, algumas medidas preventivas que podem reduzir significativamente as chances de contraí-la, como lavar muito bem as mãos da criança com água e sabão antes de fazer as refeições, lavar brinquedos e outros objetos usados com regularidade. Isso além de evitar o contato direto com crianças e adultos que tenham apresentado episódios recentes da doença.

quarta-feira, 7 de março de 2018

Obesidade infantil: 6 comportamentos a serem evitados


Somente na América Latina, há 3,8 milhões de crianças menores de 5 anos acima do peso considerado normal para a idade.

Apesar de o tema estar sempre na pauta da mídia, a obesidade infantil é um problema cada vez mais preocupante – afinal, aquela criança gordinha tem risco aumentado de desenvolver doenças crônicas na idade adulta.

A Organização Mundial da Saúde recomenda que a amamentação seja exclusiva até que o bebê complete 6 meses de idade. A partir dessa faixa etária, de acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, a alimentação infantil deverá ser ministrada de forma complementar, com vistas à formação do paladar.

Evitar esse cenário passa, primeiro de tudo, pela formação do paladar.

Mas isso não tem acontecido: no Brasil, apenas 60% das crianças com idades entre 6 meses a 2 anos comem, diariamente, legumes e verduras. Um cenário que faz crescer o número de crianças com excesso de peso. Mesmo que as gordurinhas pareçam inofensivas, não são. Caso a obesidade apareça na primeira infância, há grandes chances de persistir até a vida adulta, além de facilitar o surgimento de doenças como a aterosclerose, nome dado ao enrijecimento das artérias e outras complicações cardiovasculares ligadas ao coração.

Veja abaixo 6 comportamentos relacionados à alimentação que devem ser evitados durante os primeiros anos de vida, para que a criança cresça saudável, de acordo com o Manual de Orientação do Departamento de Nutrologia da Sociedade Brasileira de Pediatria e do Guia Alimentar para crianças menores de 2 anos do Ministério da Saúde:

Evite que a criança faça refeições em frente a telas
É fundamental que a criança aprenda, desde muito cedo, que a hora de fazer as refeições é única e muito importante. Além disso, assim como todos os processos motores e cognitivos, os bebês estão aprendendo constantemente durante os dois primeiros anos de vida, e isso também acontece com a mastigação e a deglutição. Quando estão em frente de telas, sejam elas de TV, tablets ou smartphones, eles ficam com dificuldade para comer e podem, por exemplo, não mastigar direito ou não prestar atenção no que estão comendo, isso prejudica a sensação de saciedade e o processo de aprendizagem da alimentação.

Priorize alimentos in natura
O consumo precoce de açúcar está diretamente relacionado ao aparecimento da obesidade na primeira infância. A Sociedade Brasileira de Pediatria e o Ministério da Saúde recomendam que os bebês menores de 2 anos não consumam alimentos com açúcar, além de café, enlatados, frituras, refrigerantes, balas, salgadinhos e outras guloseimas. Além de indicar o uso do sal com (muita) moderação.

Evite que as refeições sejam feitas fora de hora
É fundamental que a criança entenda, desde muito cedo, que tem hora para tudo: para brincar, tomar banho, almoçar, jantar, dormir etc. Determinar, ao longo do dia, horários certinhos para que sejam feitas as refeições é muito importante para que ele saiba identificar, com mais facilidade, as sensações de saciedade. Lanchinhos entre as refeições estão permitidos, segundo indica a Sociedade Brasileira de Pediatria, mas é importante que eles também tenham um horário e um cardápio apropriado. Lógico que há dias em que podem haver exceções, elas só não podem se tornar regras.

A família precisa dar exemplo
Pesquisas científicas identificaram que a alimentação da família tem papel determinante no desenvolvimento dos hábitos do bebê. O sistema de aprendizagem dos pequenos se espelha no que eles veem e no que acontece à sua volta. Logo, se a criança vê os pais e familiares se alimentando de forma irregular, comendo muito e em horários displicentes, irá reproduzir o mesmo comportamento. As mães, principalmente, devem tomar maior cuidado: estudos comprovaram que aquelas que ingerem muitos alimentos obesogênicos, isto é, que contribuem para o ganho de peso, são mais suscetíveis a fornecer para os bebês uma dieta semelhante.

Não deixe que seu bebê desenvolva hábitos sedentários
Um bebê ativo é um bebê saudável e mais que isso: os estímulos têm papel fundamental no desenvolvimento cognitivo e motor da criança. Durante os dois primeiros anos de vida, a brincadeira deve ser a principal atividade das crianças, de modo que ocupe a maior parte do seu tempo. Os bebês precisam aprender, desde cedo, a gastar toda a energia que os alimentos fornecem. O Instituto de Medicina dos Estados Unidos recomenda que os bebês brinquem, pelo menos, 15 minutos a cada hora. Brincar também melhora a densidade dos ossinhos dos bebês, além de minimizar os níveis de sedentarismo na adolescência.

Supervisione as refeições fora de casa
Ninguém melhor que você para saber o que é melhor para o seu filho, certo? Então, fique atenta à alimentação na escolinha ou creche. Acompanhe o cardápio e não hesite em avisar sobre os tipos de alimentos que você não quer que sejam oferecidos. A mesma dica vale quando a criança fica na casa de familiares, como tios e avós.
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