quinta-feira, 19 de julho de 2018

Suas crenças negativas te dominam? Veja como reagir a elas


Crenças, certezas, ideias fixas que acreditamos, seja pelo aprendizado através de experiências nossas (vividas) ou dos outros (observadas), podem influenciar a opinião que temos de nós mesmos bem como as decisões que tomamos.

Quem viveu uma experiência negativa, pode:

entender como um fator isolado
como algo que pode acontecer novamente
como algo que vai acontecer novamente com toda certeza.
Como não há previsão exata das possibilidades (no geral, de algo subjetivo) agir com a certeza absoluta pode geral alguns prejuízos.


Vamos a um exemplo para ilustrar a ideia acima: quem recebeu muita crítica na infância e não foi capaz de sustentar suas próprias certezas de superação e crescimento, pode carregar para o resto da vida o peso da dúvida de ser suficiente. Há aqueles que ignoram esse fato vivido e seguem como se nada tivesse acontecido. E existem pessoas que tem duvidam se isso será sempre assim, mas não são inteiras para superar. Ou seja, o que mais marca são:
  • as ideias que aceitamos
  • as ideias que não conseguimos superar ainda que não aceitamos plenamente.

Consequências de não acreditar em si mesmo
Quando alguém acredita que não é capaz de realizar seus desejos, retorna o pensamento para vivencias passadas de várias experiências ruins que reforçam essa crença negativa de incapacidade. E como a mente está em um estado negativo, com facilidade, vai conseguir relembrar vários momentos desastrosos. É como se faltasse "atualização" para o cérebro. Seria como se estivéssemos no presente "rodando um programa desatualizado na mente" que era adequado apenas no passado.

A vida das pessoas bem sucedidas e realizadores também é recheada desses mesmos pontos confusos, ruins e tristes, mas ao quererem algo, a diferença entre essas pessoas que acreditam em si é que nesse momento de desejo a mente vai para lembranças de sucesso. A auto motivação faz diferença no processo de seguir em frente.

Quem tem ideias mais positivas da vida é capaz de caminhar com mais energia. Quem sofre com as ideias negativas se perde no passado, nos pensamentos e raramente é capaz de agir e mudar a situação (quando e se necessário).

De qualquer modo, as crenças negativas que permanecem incomodando a mente são as limitadoras para o sucesso e crescimento pessoal.

Como não se render às crenças negativas
Quem quer dominar a mente deve praticar alguns exercícios complementares ao tratamento (essas dicas não excluem seguir sessão de psicoterapia direcionadas para a mudança de padrão de pensamento que seguem, as vezes, por anos, de modo repetitivo);

1) identificar qual ou quais são as crenças negativas

2) compreender os princípios que a(s) sustenta(m);

3) recordar vivencias pessoais ou de outras pessoas que questione a certeza desse(s) ponto(s) negativo(s)

4) criar mantras de pensamentos novos positivos para substituição do pensamento passado.

Questionar os próprios pensamentos pode ser um bom exercício. No pensamento filosófico de Sócrates, ainda que ele não tenha trabalhado diretamente com crenças, a ideia proposta era questionar alguns pensamentos, criando alternativas de pensar e como novas opções compreender de outros modos o viver. Esse tipo de processo contribui, inclusive, para o processo de mudança de crenças.

Quando necessário as sessões de psicoterapia podem ser libertadoras, pois durante o processo é possível avaliar:

  • estruturas familiares
  • aprendizados passados que merecem ser atualizado
  • superação de traumas
  • releitura de uma experiência
  • análise das escolhas e consequências
  • estrutura dos pensamentos
  • erros cognitivos do pensar.

Técnicas de hipnose ericksoniana, novo código da pnl, emdr, coaching de vida são muito úteis na cura e superação das crenças negativas.

Sucesso naquilo que busca e até breve!

quarta-feira, 18 de julho de 2018

Você sabe o que é depressão psicótica?


O conceito de psicose tem a ver com uma perda do vínculo com a realidade. A sua origem vem de uma contração das palavras "psíquica" e "neurose", referindo-se a uma doença dos nervos com manifestação psíquica. No decorrer da história da Psiquiatria "neurose" passou a denominar transtornos de origem psicológica nos quais era possível compreender o aparecimento dos sintomas com base na história do indivíduo (1) e "psicose", transtornos em que os sintomas eram incompreensíveis, desligados da realidade, como alucinações, delírios ou vivências em que o indivíduo sentia que seus atos não eram controlados por ele mesmo ou que seus pensamentos se difundiam para fora de sua cabeça.

Sintomas psicóticos são os que caracterizam os "loucos", na linguagem popular pois, por vezes, as pessoas psicóticas verbalizam seus pensamentos e vivências, absurdas aos ouvidos de pessoas normais ou mesmo agem com base nelas. Por exemplo, vão a uma delegacia reclamar da perseguição que sofrem por parte de uma máfia imaginária.

O episódio depressivo maior se caracteriza por a pessoa sentir-se triste, desanimada, vazia, sem esperança, a maior parte do tempo. No caso de crianças e adolescentes, a manifestação pode ser irritabilidade. Perda de interesse e prazer na maior parte das atividades também caracterizam depressão.

A estes sintomas de humor se associam alterações como aumento ou diminuição significativa do peso corporal (sem dieta intencional), insônia ou hipersônia quase todos os dias, agitação ou lentificação dos movimentos (observável, não somente subjetivo), fadiga ou perda de energia, sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva, capacidade diminuída para pensar ou concentrar-se, pensamentos recorrentes de morte (na linha de "seria melhor morrer" ou "seria melhor se Deus me levasse") ou mesmo pensamentos suicidas.


A quinta edição do Manual de Diagnóstico e Estatística da Associação Psiquiátrica Americana (DSM 5) classifica a depressão de psicótica quando houver presença de delírios ou alucinações. Delírios são pensamentos incondizentes com a realidade. São chamados de "congruentes com o humor" quando denotam pensamentos negativos, compreensíveis com base no humor deprimido: por exemplo, uma pessoa tem a convicção de que vai morrer nas próximas semanas (mesmo sem haver nenhuma evidência para tanto) ou de que sua esposa o está traindo porque ele não merece o amor de ninguém (mesmo não havendo evidências para nenhuma das duas afirmações).

Delírios "incongruentes com o humor" são aqueles pensamentos que não condizem com a realidade e nem têm relação com a negatividade do humor: por exemplo, a pessoa tem a convicção que outros conseguem ler seu pensamento ou tem um delírio de que está sendo perseguida sem motivo algum (se achar que a perseguem por se sentir culpada, seria congruente com o humor do deprimido).

Dentre os casos de depressão maior, quase vinte por cento têm características psicóticas (3).

Tratamento
O tratamento da depressão psicótica geralmente é feito através da associação de uma medicação antidepressiva com uma medicação antipsicótica. A eletroconvulsoterapia ou ECT, um tratamento em que uma corrente elétrica é aplicada ao cérebro durante alguns segundos (sob uma leve anestesia geral) também é eficaz (2). Após a recuperação, a pessoa deve continuar o tratamento, geralmente mantido com medicações.

Depressão psicótica no transtorno bipolar
Episódios de depressão psicótica podem ocorrer também na depressão do transtorno bipolar. O transtorno bipolar é um quadro no qual a pessoa apresenta pelo menos um episódio com sintomas opostos aos da depressão, denominado de "mania". As características desta são uma alegria "excessiva", que não é apenas o bem-estar de uma pessoa que se recuperou de um episódio de depressão (por vezes, a principal manifestação é irritabilidade excessiva), aumento excessivo da vitalidade e da energia.

Também se observam sintomas como auto-estima exageradamente alta ou grandiosidade, diminuição da necessidade de sono, loquacidade excessiva (a pessoa fala exageradamente), pensamentos muito acelerados, fácil perda do foco de atenção, aumento de várias atividades como a sexual, a social, a profissional ou a escolar, por vezes com promiscuidade e gastos descontrolados ou intensa agitação.

Componentes psicóticos podem ocorrer também na fase maníaca do transtorno bipolar. O tratamento do transtorno bipolar psicótico se faz com estabilizadores de humor, medicações antipsicóticas e, por vezes, antidepressivos associados. Como os antipsicóticos modernos são em geral bons estabilizadores de humor, por vezes é possível utilizá-los como único tratamento. A ECT também é utilizada.

Existe também o transtorno esquizoafetivo, no qual há um episódio de depressão maior ou de mania concomitantemente a sintomas de esquizofrenia como delírios, alucinações, discurso ("fala") desorganizado ou comportamento grosseiramente desorganizado ou catatônico (comportamento em que a pessoa fica imóvel em posturas frequentemente rígidas e eventualmente bizarras) e diminuição da capacidade de expressar emoções ou perda da vontade. Para que se possa fazer o diagnóstico de transtorno esquizoafetivo, a Associação Psiquiátrica Americana, em seus critérios diagnósticos, exige que haja uma semana de delírios ou alucinações SEM sintomas de mania ou depressão. O tratamento é feito com antipsicóticos, estabilizadores de humor e, conforme a necessidade, antidepressivos.

Causas
Sintomas depressivos e psicóticos podem aparecer como consequência de alterações do funcionamento cerebral resultantes de doenças como acidentes vasculares cerebrais, processos cerebrais inflamatórios ou tumores. Nestes casos, além do tratamento sintomático com remédios, deve-se tratar também a causa original.

Referências
1 - Bürgy M. The concept of psychosis: historical and phenomenological aspects. Schizophr Bull. 2008 Nov;34(6):1200-10. doi: 10.1093/schbul/sbm136. Epub 2008 Jan 2 - Jennifer Keller Alan F. Schatzberg Mario Maj Current Issues in the Classification of Psychotic Major Depression Schizophrenia Bulletin, v.33, 2007, p. 877?885, https://doi.org/10.1093/schbul/sbm065PMID: 18174608 3 - Rothschild AJ Challenges in the treatment of major depressive disorder with psychotic features. Schizophr Bull. 2013 Jul;39(4):787-96. doi: 10.1093/schbul/sbt046. Epub 2013 Apr 18. 4 - American Psychiatric Association. (2013). Diagnostic and statistical manual of mental disorders (5th ed.). Washington, DC:

terça-feira, 17 de julho de 2018

Mortes por diabetes cresceram 12% em seis anos no Brasil


Pesquisa feita pelo Ministério da Saúde descobriu que o diabetes cresceu 54% na população masculina, nos últimos 11 anos

Apesar dos avanços no diagnóstico e tratamentos, a diabetes continua a ser uma problema de saúde pública mundial, acometendo mais de 400 milhões de pessoas, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS).
Entre 2010 e 2016, o Brasil registrou um crescimento de 12% no número de mortes por diabetes, segundo os dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM). Em todo o período, o país registrou 406.452 mortes de brasileiros que tiveram relação com a doença.

Os dados divulgados pelo Ministério da Saúde mostraram que foram registradas 54.877 mortes em 2010 para 61.398 no ano de 2016. Já a quantidade de internações por diabetes sofreu uma queda, passaram de 148.384 em 2010 para 135.364 em 2016.

"O diabetes é uma doença crônica que pode ser evitada, desde que hábitos saudáveis, como uma alimentação adequada e a prática de atividade física, sejam adotados", disse em nota Marta Coelho, coordenadora de programa de doenças não transmissíveis do Ministério da Saúde.

Além disso, a Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) apontou um crescimento de 54% no índice de homens que apresentaram diagnóstico médico de diabetes entre os anos de 2006 e 2017. Apesar de apresentarem percentual mais elevado em 2017, as mulheres (8,1%) tiveram um crescimento de 28,5% no mesmo período.

A investigação trouxe, também, que o indicador de diabetes aumenta com a idade, principalmente entre idosos com mais de 65 anos (24%) e é maior entre os com menor escolaridade, que frequentam a escola por até oito anos (14,8%).

O que é Diabetes?
O diabetes é uma síndrome metabólica de origem múltipla, decorrente da falta de insulina e/ou da incapacidade de a insulina exercer adequadamente seus efeitos, causando um aumento da glicose (açúcar) no sangue. O diabetes acontece porque o pâncreas não é capaz de produzir o hormônio insulina em quantidade suficiente para suprir as necessidades do organismo, ou porque este hormônio não é capaz de agir de maneira adequada (resistência à insulina).

A insulina promove a redução da glicemia ao permitir que o açúcar que está presente no sangue possa penetrar dentro das células, para ser utilizado como fonte de energia. Portanto, se houver falta desse hormônio, ou mesmo se ele não agir corretamente, haverá aumento de glicose no sangue e, consequentemente, o diabetes.

segunda-feira, 9 de julho de 2018

Carboidrato engorda? Descubra o que é, os tipos e quanto consumir


Carboidrato é um macronutriente formado fundamentalmente por moléculas de carbono, hidrogênio e oxigênio. Este macronutriente quando ingerido e absorvido é responsável por liberar glicose, fornecer energia para as células por ser a primeira fonte de energia celular e fazer a manutenção metabólica glicêmica para que o corpo continue funcionando bem.

Tipos de carboidratos

De acordo com a quantidade de átomos de carbono em suas moléculas, os carboidratos podem ser divididos em:
  • Monossacarídeos:Apresentam de 3 a 7 carbonos em sua estrutura: glicose, frutose e galactose
  • Dissacarídeos:Resultado da ligação entre dois monossacarídeos:sacarose, maltose e lactose
  • Polissacarídeos:Moléculas formadas através da união de vários monossacarídeos. Alguns apresentam em sua fórmula átomos de nitrogênio e enxofre:amido e celulose.

Fazem parte dos monossacarídeos os seguintes tipos de carboidratos:

  • Glicose: Açúcar presente no xarope de milho, mel, batata, arroz, farinha, doces etc..
  • Frutose: Açúcar presente nas frutas
  • Galactose: Não é encontrado livre na natureza. Combinado com a glicose forma a lactose. Está presente no leite e nos produtos lácteos.

Fazem parte dos dissacarídeos os seguintes carboidratos:

  • Sacarose: Açúcar de mesa. Extraído da cana de açúcar, da beterraba, da uva e do mel
  • Maltose: É o açúcar do malte. Não é encontrado livre na natureza. É obtido pela indústria através da fermentação de cereais em germinação, tais como a cevada
  • Lactose: É o açúcar do leite. Sintetizado nas glândulas mamarias dos mamíferos.

Fazem parte dos polissacarídeos os seguintes carboidratos:

  • Amido: Ele é a reserva energética dos vegetais. Estão presentes nos grãos e cereais como trigo, aveia, centeio, cevada, milho, arroz, raízes e tubérculos como mandioca, batatas e inhame
  • Celulose: A celulose está presente nas frutas, hortaliças, legumes, grãos, nozes e cascas de sementes.

Carboidratos simples e complexos

Os carboidratos simples possuem estrutura química molecular de tamanho reduzido (monossacarídeos e dissacarídeos). A digestão e absorção dos carboidratos simples acontece rapidamente levando a um aumento dos níveis de glicose no sangue (glicemia). Exemplos de alimentos que são fontes de carboidratos simples: frutas, mel, xarope de milho, açúcar.

Os carboidratos complexos possuem estrutura química maior (polissacarídeos). Por ser uma molécula maior são digeridos e absorvidos mais lentamente, ocasionando aumento gradual da glicemia no sangue. Exemplos de alimentos fontes de carboidratos deste grupo: arroz integral, batata doce, massa integral.

Benefícios comprovados do carboidrato

Fonte de energia: Ao ingerimos carboidratos, temos glicose na corrente sanguínea constantemente, esta é a principal molécula que fornece energia para as células do corpo.

Aliado do cérebro: O cérebro é um dos órgãos que não funcionam sem glicose disponível na corrente sanguínea, quando há uma diminuição no consumo deste nutriente há uma produção exagerada de corpos cetônicos, uma vez que o organismo utiliza proteínas como fonte de energia. Esses corpos cetônicos podem levar a uma intoxicação no indivíduo levado a sintomas indesejáveis como dores de cabeça, mau hálito, perda de massa muscular esquelética, insônia, alteração de humor, tremores e até desmaios.

Protege os músculos: Quando nosso corpo possui as quantidades corretas de carboidratos, não é necessário utilizar a energias das proteínas (aminoácidos da massa muscular esquelética). Assim, as proteínas podem ser utilizadas para reparar os músculos que sofreram microlesões devido à prática de exercícios e também à manutenção correta dessa massa muscular. Esses músculos são reparados e ficam mais fortes e, dependendo da quantidade, podem até aumentar (hipertrofia). Mas vale lembrar que até mesmo o carboidrato em excesso pode gerar acumulo de gordura corporal

Proporcionam saciedade: Este benefício vale somente para os carboidratos complexos. Isto porque eles possuem estrutura química maior (polissacarídeos). Por ser uma molécula maior, são digeridos e absorvidos mais lentamente, ocasionando aumento gradual da glicemia e saciedade por maior tempo. Este mesmo mecanismo faz com que os carboidratos complexos sejam o tipo indicado para diabéticos, para quem está em um programa alimentar (dieta) buscando saciedade e manutenção da glicemia, para quem vai fazer atividade física como pré treino e também para aqueles que utilizam as fibras dos carboidratos complexos para melhora do perfil lipídico (melhora do colesterol).

quinta-feira, 5 de julho de 2018

10 Coisas que Você Precisa Saber Sobre Uso de Anabolizantes


O uso de anabolizantes vem se tornando, a cada dia, um hábito comum, principalmente pelas pessoas que praticam esportes, para aumentar a competitividade, ajudar na cura de lesões ou simplesmente por questões estéticas.
Porém, o consumo excessivo desse tipo de produto é muito perigoso e pode causar danos irreparáveis ao corpo humano.

1. Os esteroides androgênicos anabólicos, mais conhecidos como anabolizantes, são um produto derivado principalmente da testosterona, hormônio responsável por muitas características que diferem homem e mulher. Eles atuam no crescimento celular e em tecidos do corpo, como o ósseo e o muscular.

2. O uso de anabolizantes gera efeitos colaterais, tanto em homens e mulheres, como:  aumento de acnes, queda do cabelo, distúrbios da função do fígado, tumores no fígado, explosões de ira ou comportamento agressivo, paranóia, alucinações, psicoses, coágulos de sangue, retenção de líquido no organismo, aumento da pressão arterial e risco de adquirir doenças transmissíveis (AIDS, Hepatite). 

3. No caso das mulheres, o uso de anabolizantes pode gerar características masculinas no corpo, como engrossamento da voz e surgimento de pelos além do normal. Além disso, aumento do tamanho do clitóris, irregularidade ou interrupção das menstruações, diminuição dos seios e aumento de apetite. 

4. Nos homens, o excesso de anabolizantes pode causar aparecimento de mamas, redução dos testículos, diminuição da contagem dos espermatozóides e calvície. 

5. Em adolescentes, as consequências podem ser piores, como comprometimento do crescimento, maturação óssea acelerada, aumento da frequência e duração das ereções, desenvolvimento sexual precoce, hipervirilização, crescimento do falo (hipogonadismo ou megalofalia), aumentos dos pelos púbicos e do corpo, além do ligeiro crescimento de barba. 

6. Esses hormônios podem ser usados clinicamente e, ocasionalmente, serem prescritos sob orientação médica para repor o hormônio deficiente em alguns homens e para ajudar pacientes com aids a recuperar peso. Nos casos de necessidade clínica, os pacientes são indicados a tomarem apenas doses mínimas para apenas regularizar sua disfunção. 

7. O uso das injeções de anabolizantes esteroides pode levar ao risco de infecção pelo HIV e vírus da hepatite, se as agulhas forem compartilhadas. Esteróides Anabólicos obtidos sem uma prescrição não são confiáveis, pois podem conter outras substâncias, os frascos podem não ser estéreis e, além disso, é possível que nem esteróides contenham.

8. Usar anabolizantes para fins estéticos ou para aumentar o rendimento esportivo é proibido, além de ser de grande risco para a saúde. Entretanto, por aumentarem a massa muscular, estas drogas têm sido cada vez mais procuradas e utilizadas por alguns atletas para melhorar a performance física e por outras pessoas para obter uma melhor aparência muscular.

9. Um estudo de 2007 traçou o perfil do usuário de anabolizantes no mundo. De acordo com os dados, o usuário típico não é o adolescente ou o atleta, mas o homem de cerca de 30 anos, bem educado e com renda alta, segundo um estudo publicado hoje. Foram pesquisados 2.663 homens e mulheres de 81 países, indicando que o motivo principal para o uso desses compostos é o aumento da musculatura.


Muitos atletas consomem anabolizantes a fim de conseguirem uma melhora na performance dentro do esporte. Os anabolizantes, quando entram em contato com as células do tecido muscular, aumentam o tamanho dos músculos do corpo humano. Porém, isso é caracterizado Doping, e o esportista pode ser punido por isso, como já ocorreu em inúmeros casos.  Dependendo da situação, o atleta pode ser banido do esporte.

sexta-feira, 29 de junho de 2018

Inverno é a melhor época para fazer tratamentos estéticos



O inverno é a estação do ano mais indicada para tratamentos estéticos. A baixa incidência de raios solares viabiliza procedimentos, cujos resultados são potencializados ao se evitar banhos de sol. Além do mais, algumas aplicações deixam a pele vermelha e dolorida.
Segundo o Dr. Fabio dermatologista e diretor médico da Clínica Rochalis, os tratamentos estéticos que mais dão resultado no inverno são os que combatem rugas, machas no rosto, gordura localizada e a flacidez. O botox pode ser realizado em qualquer época do ano, basta seguir as recomendações médicas.

O Dr. Fabio de Barros afirma que no combate às rugas é usado o Lazer CO2 fracionado em sua clínica. "Ele é um dos equipamentos mais efetivos para rejuvenescimento", diz. O laser provoca o aquecimento da água presente na pele, fazendo com que o tecido se reorganize. "Ótimos resultados são vistos em peles envelhecidas e em cicatrizes de acne, pois é possível penetrar até a segunda camada da pele", revela o dermatologista. O laser ainda estimula a remodelação do colágeno e contração da pele, o que provoca diminuição da flacidez e das rugas
O Deep IR é utilizado na eliminação da flacidez e pode ser aplicado em qualquer local do corpo. "Todas as áreas do corpo respondem bem ao tratamento, o que pode variar é o número de sessões de acordo com o grau da flacidez", aponta o especialista. Para retirar manchas da face, o Dual Phylum é o equipamento mais moderno, segundo o Dr. Fabio. Ele garante que em duas ou três sessões já é possível notar os resultados. Esse procedimento deve ser feito no inverno para que a pele se recupere mais rapidamente, longe do sol.
Contra a gordura localizada é usado o Zeltiq, equipamento que congela a gordura e reduz até 22% da mesma em apenas três sessões. Sobre outro método, Dr. Fabio afirma: "Indico também o Thermage. Trata-se de um aparelho de última geração para diminuir as células de gordura. Pode ser feito em uma única sessão, com manutenção, no mínimo, uma vez ao ano".
Estrias e celulite também têm tratamento por meio do Thermage, que provoca o aquecimento da pele. A celulite é combatida na medida em que a gordura e a flacidez são eliminadas. "O procedimento pode ser associado ao aparelho Accent, que trabalha com uma radiofrequência mais potente associada a uma terapia de massagem circular, estimulando o sistema linfático e ajudando a desfazer os nódulos e fibroses associados à celulite", explica o especialista.
As estrias brancas podem ter fim com a utilização do Lux 1540. "Trata-se de um laser não-ablativo (não arranca a superfície da pele), cujo comprimento de onda favorece a estimulação de colágeno de uma forma potente", esclarece Dr. Fabio. Esse procedimento proporciona uma recuperação muito rápida, sem descamação ou vermelhidão, possibilitando à paciente a retomada das atividades diárias rapidamente.
Em conjunto com todos esses tratamentos estéticos deve ser incluída uma alimentação saudável. Segundo o dermatologista, no inverno, deve-se triplicar o consumo de frutas, legumes e verduras. "Eles são ricos em antioxidantes, que protegem a pele contra as baixas temperaturas, produzindo as matérias-primas necessárias para o corpo criar sua própria camada natural de hidratação, como as ceramidas, que protegem a pele contra a perda de água", finaliza Dr. Fabio.

quinta-feira, 28 de junho de 2018

Terapia hormonal da menopausa


Embora seja uma fase natural da vida para todas as mulheres, a menopausa - fase em que o corpo para de produzir os hormônios estrogênio e progesterona - é vista de modo negativo por muitas mulheres pelo fato dela vir acompanhada de sintomas desagradáveis. Pensando nisso, foi desenvolvido um tratamento para aliviar essa etapa, a chamada terapia hormonal da menopausa




Confira abaixo 10 coisas que você precisa saber sobre esse tratamento.
1. De acordo com o Comitê de Nomenclaturas da Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia, a menopausa é a fase em que a mulher passa do estágio reprodutivo para o não reprodutivo.

2. Os principais sintomas que identificam a menopausa começam a acontecer entre 45 e 55 anos. 

3. Os principais sintomas dessa fase são a parada das menstruações, ondas de calor e suores noturnos, insônia, diminuição no desejo sexual, irritabilidade, depressão, osteoporose, ressecamento vaginal, dor durante o ato sexual e diminuição da atenção e memória. Esses sinais podem variar de mulher para mulher.

4. A diminuição na produção hormonal na menopausa aumenta as chances do aparecimento de doenças cardiovasculares e da osteoporose.

5. O tratamento existe com a finalidade de aliviar os sintomas e não de cessar o processo da menopausa.

6. As doenças cardiovasculares e a osteoporose também podem ser prevenidas com o tratamento, já que melhora a quantidade do cálcio no esqueleto, age beneficamente nos níveis do colesterol bom (HDL) e diminui a possibilidade de doença coronariana.

7. O tratamento é geralmente realizado com dosagens relativamente baixas de estrogênios, por via oral ou transdérmica (adesivos sobre a pele ou gel).

8. Podem ser utilizados também estrogênios por via vaginal, para aliviar os sintomas locais de ressecamento e desconforto às relações sexuais.

9. Para as mulheres que retiraram o seu útero, não há necessidade da reposição da progesterona. Já as pacientes que não fizeram esse procedimento devem receber, além do estrogênio, a progesterona ou um progestágeno sintético. 


10. Não há consenso quanto ao tempo que deve ser mantida a terapia hormonal, que deve ser decidido caso a caso.


Consultoria do Dr. Ricardo Meirelles, Presidente da Comissão de Comunicação Social da SBEM. 

terça-feira, 26 de junho de 2018

Copa do Mundo e a Endocrinologia



Mesmo para quem não gosta de futebol, não há como ficar alheio às notícias sobre a Copa do Mundo na Rússia. Os olhos do mundo estão voltados para a maior competição na área e, por isso, diversas situações vão se misturando ao tema.
É um período, por exemplo, para muitas pessoas resolverem começar a praticar uma atividade física, motivadas pela Copa, assim como acontece com as Olimpíadas. É o momento de ter mais atenção com mudanças de hábitos.
O Dr. Ricardo Oliveira, membro da Comissão Temporária para o Estudo da Endocrinologia, Exercício e Esporte, falou sobre o envolvimento da população e como isso também reflete nos consultórios dos endocrinologistas. “São mais pessoas praticando esportes e buscando orientações adequadas sobre a conduta na área de atividade física”, disse na entrevista.
Ele esclarece que a SBEM vem se preocupando em atualizar os especialistas na área, pelo fato da Endocrinologia e a Metabologia estarem tão ligadas a todas as reações no organismo dos atletas e de quem busca novas práticas esportivas.

segunda-feira, 25 de junho de 2018

10 Coisas que Você Precisa Saber Sobre Atividade Física



Conheça os benefícios dos exercícios no 10 Coisas que Você Precisa Saber Sobre Atividades Físicas. Lembrando que o sedentarismo é uma das principais causas de doenças cardiovasculares, diabetes, obesidade e outras doenças crônicas não transmissíveis.

Confira, então, os 10 coisas que você precisa saber sobre atividade física:
1. A prática de exercícios, de intensidade moderada, durante meia hora por dia é suficiente para que a pessoa deixe de ser sedentário. Estes 30 minutos podem ser contínuos ou divididos em três períodos de 10 minutos cada.
2. O mais importante é que você pratique alguma atividade que se adapte ao seu estilo de vida e que seja do seu agrado. Caso contrário, são muitas as chances de interrupções.
3. Pequenas modificações no dia a dia – como subir escadas, saltar do ônibus um ponto antes, passear com cachorro, varrer, cuidar do jardim, lavar o carro, etc. – podem ajudar a movimentar mais e servir como um estímulo para o início de uma atividade física diária.
4. Os efeitos benéficos da atividade física são observados em pessoas que se exercitam com regularidade. Aqueles com IMC entre 25 e 30 (sobrepeso), nestas condições, podem ter um risco menor de desenvolver diabetes e outras doenças metabólicas do que os sedentários.
5. De acordo com o United States Departament of Health and Human Services, é importante que os adultos pratiquem duas horas de atividades anaeróbicas (musculação localizada), por semana, além dos 30 minutos de caminhada intensa por dia. Nos casos de pessoas com diabetes, hipertensão, obesidade e pessoas com problemas no metabolismo ósseo, por exemplo, é preciso ter um cuidado especial na escolha dos exercícios a praticar. Nestes casos, é imprescindível o acompanhamento de um profissional.
6. Um minuto de atividade física intensa é igual a 2 minutos de atividade moderada. Caminhada em ritmo acelerado, hidroginástica, passeio de bicicleta e jogo de tênis em dupla são alguns dos exemplos para atividade moderada. Já a corrida, a natação, o basquete e o ciclismo são considerados intensas.
7. Durante a prática de um exercício físico é possível que haja uma redução na taxa de glicose. O indicado, principalmente para pessoas com diabetes, é que carreguem consigo algum tipo de carboidrato de rápida absorção.
8. As atividades físicas melhoram a sensação de bem-estar, diminuem a ansiedade e a probabilidade de depressão, por liberarem a serotonina (hormônio conhecido como “molécula da felicidade”).
9. Dentre os benefícios da prática de exercícios estão: a diminuição do apetite, a melhora do humor, a perda de gordura (emagrecimento), o enrijecimento dos músculos, a melhora da imunidade e o retardo do envelhecimento.
10. Para crianças e adolescentes o ideal são 60 minutos de atividade aeróbica por dia (recreativa), três vezes por semana e de grande intensidade. 

sexta-feira, 22 de junho de 2018

Sintomas do TDAH: Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade!



Os sintomas do TDAH se dividem em três grandes grupos:

1. Desatenção;

2. Hiperatividade;

3. Impulsividade.


Em geral, cada paciente manifesta principalmente um sintoma do TDAH, mas a predominância pode mudar durante as fases da vida. Ou seja, uma criança com o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, predominantemente desatenta pode, em outro momento da vida, apresentar traço impulsivo ou hiperativo, e assim por diante.1

“A tríade sintomatológica do TDAH é composta por: déficit de atenção, hiperatividade e impulsividade. Mas não há uma necessidade de que os sintomas se manifestam em conjunto – ou seja, pode haver predomínio desatenção, de hiperatividade ou, no maior grupo, um tipo de TDAH combinado, quando a criança apresenta tanto hiperatividade, quanto impulsividade e desatenção. Além de ser mais frequente, esse grupo de pacientes é também o que apresenta mais prejuízos.”
Dr. Gustavo Teixeira, médico especialista em psiquiatria da infância e adolescência, professor visitante do Departamento de Educação Especial da Bridgewater State University (EUA) e editor-chefe do site www.comportamentoinfantil.com. –CRM RJ 5273634-1

Conforme descrito com mais detalhamento na seção Diagnóstico, a manifestação pontual ou isolada de alguns dos sintomas do TDAH não significa de forma alguma que a criança, adolescente ou adulto tem o transtorno. Por isso, é preciso ter bastante cautela antes de diagnosticar ou rotular alguém, a partir da observação das atitudes dessa pessoa em um único ambiente (apenas na escola, ou apenas em casa, por exemplo). Para que um sintoma seja atribuído ao transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, é necessário que ele se apresente em combinação com outras manifestações, seja crônico e que traga prejuízos para o paciente em ao menos três ambientes de sua vida, entre outras características.

Na infância…

Na idade pré-escolar e escolar alguns dos sintomas do TDAH característicos são:

excesso de agitação e impulsividade: criança que geralmente perturba o ambiente escolar e tem seus relacionamento afetados. Está associado ao maior risco de acidentes (tombos, queimaduras, etc.) e é difícil de ser controlado no grupo. É uma criança considerada “problemática” e acaba sendo isolada do grupo – não recebe convites para festas de aniversários ou para dormir na casa de colegas.
desatenção: crianças com dificuldade de completar as tarefas propostas, desorganizada e distraída. Têm prejuízo no desempenho escolar.

Se não tratada corretamente, asma pode levar à morte”, alerta pneumologista da SBP


Anualmente, o dia 21 de junho é marcado por uma série de iniciativas para conscientizar os brasileiros sobre os riscos da asma, doença que leva à inflamação crônica das vias respiratórias e que acomete uma em cada cinco crianças e adolescentes. Dados do Ministério da Saúde revelam que a doença é responsável por cerca de 90 mil internações por ano e também pela morte de pelo menos três pessoas por dia no Brasil.

Em abril deste ano, o dr. Paulo Camargos, presidente do Departamento Científico de Pneumologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) abordou o tema “educação em asma” no podcast da revista Residência Pediátrica, falando sobre a adesão ao tratamento para que haja o controle total da doença e os medicamentos mais indicados, segundo a literatura médica, bem como a relação entre médico, paciente e família no acompanhamento da criança.

Segundo o especialista, somente a avaliação clínica definirá a interrupção ou retorno do tratamento da doença, às vezes por meio de exames funcionais como a espirometria. “Apesar de não termos cura para a doença, as drogas atuais garantem ao individuo uma vida praticamente normal. Para isso, é fundamental que a medicação prescrita seja seguida rigorosamente pelo paciente”, explica.

O especialista adverte que a mortalidade por asma é provocada por um conjunto de fatores que englobam a falta de cuidado do paciente, automedicação e atendimento ambulatorial precário. “A morte só ocorre em uma crise maltratada, seja pelo paciente, que não dá a importância devida e deixou de procurar atendimento, ou pelo serviço médico não adequado”, alerta o dr. Paulo Camargos.

Estudos epidemiológicos desenvolvidos por pesquisadores brasileiros estimam que 20 milhões de pessoas apresentam algum dos sintomas da doença, das quais 10 milhões não têm sequer diagnóstico médico para confirmar ou não se são portadores de asma. Tosse e falta de a durante exercícios físicos, choro intenso, gargalhadas, são alguns dos sintomas. “Por isso, é fundamental procurar ajuda médica e fazer um diagnóstico correto e tratamento adequado”, observa o presidente do Departamento Científico de Pneumologia da SBP.

DOCUMENTO CIENTÍFICO – No ano passado, o DC de Pneumologia da SBP também publicou o documento científico “Sibilância Recorrente do Lactente e Pré-Escolar”, com informações atualizadas que podem auxiliar o profissional de pediatria no atendimento a crianças com sibilância e asma. O artigo aborda temas como fatores de risco, epidemiologia, diagnóstico, exames complementares e tratamento.

segunda-feira, 28 de maio de 2018

Substâncias que bagunçam sua tireoide e você nem imaginava


Estresse e alimentação são apenas alguns fatores que afetam o funcionamento da tireoide. Saiba mais sobre a importância da tireoide para o organismo!

Ela volta e meia está no jornal. Seja porque certa celebridade anunciou alguma alteração nela, seja porque algum alimento é descoberto como milagroso para ajudar seu funcionamento. Se você pensou na tireoide, acertou. Mas, o quanto é mito e o quanto é verdade quando falamos em funcionamento da tireoide?

Uma das dúvidas muito comuns é se o estresse pode atrapalhar seu funcionamento. O que se sabe certamente é que o estresse crônico grave - aquele que os pacientes internados em hospitais, UTIS, grandes queimados, com doenças graves - pode fazer com que a pessoa desenvolva uma doença chamada "Síndrome do Eutireoidiano Doente".

Nesse caso a hipótese é que para o organismo se defender, ele entre em uma espécie de estado de redução de metabolismo, onde o hormônio T4 é inativado em uma forma chamada T3 reverso. Para casos de estresse que não se encaixam nessas situações de gravidade, alguns estudos indicam que as pessoas que tenham uma genética desfavorável para problemas de tireoide possam ter acelerado o desenvolvimento de doenças de imunidade quando expostas a estados de estresse crônico.

Mas esse ainda é um assunto que suscita muito debate no meio médico científico. Como é possível medir o estresse das pessoas, ou ainda, como é possível medir o efeito do estresse no corpo de cada um? O que estressa uma pessoa não necessariamente afeta outra? Ou seria ainda algum fator ambiental - como certos poluentes - que estaria contribuindo para o desenvolvimento de doenças da tireoide e não necessariamente o estresse? Essas perguntas ainda estão sendo estudadas para melhor desvendar como a tireoide é afetada pelo nosso ambiente externo.


E pensando no ambiente externo é impossível não falar sobre alimentos. Apesar de vários sites advogarem sobre a deficiência de vitamina A e seus efeitos sobre a tireoide, até o momento à luz das evidências científicas essa não é uma associação bem estabelecida. O que é recomendado atualmente sobre vitaminas pela American Thyroid Association, a ATA, é a ingestão adequada de iodo para gestantes (220 a 250 mcg/dia), lactantes (250 a 290 mcg/dia) e adultos (150 mcg/dia). Além disso é recomentado o uso de multivitamínico para gestante.

Quando falamos em vitaminas e tireoide, é impossível deixar de lembrar da vitamina B12. A tireoidite de Hashimoto é uma doença da autoimunidade e em algumas pessoas o organismo pode também fabricar também anticorpos contra uma células bem especiais do estômago, que se chamam células parietais. Essas células são responsáveis por produzir uma substância chamada Fator Intrínseco de Castle. Nome complicado para essa substância que faz uma coisa bem simples. É devido a ela que acontece a absorção da vitamina B12, logo sem essa substância não conseguimos absorver de forma correta a vitamina B12.

Ainda falando sobre minerais, o selênio tem sido visto como o mineral queridinho das dietas quando se trata de ajudar a tireoide. O que se sabe, de forma científica até o momento, é que o selênio age na tireoide ajudando na produção dos hormônios. Países em que pessoas sofrem com deficiência severa de selênio tem maior incidência de casos de hipotireoidismo e formação de nódulos. No entanto, essas regiões também tem graus de deficiência de iodo, o que pode gerar um fator de confusão na análise.

Um estudo feito na Universidade de São Paulo indicou que a ingestão de castanha do Pará (que é riquíssima em selênio) poderia auxiliar no tratamento dos casos de hipotireoidismo. A pesquisa, feita em São Paulo, verificou que a dieta dos pacientes era pobre no mineral e portanto adicionar selênio ao tratamento padrão poderia ajudar o organismo a reduzir a produção de anticorpos que atacam a tireoide ? mas, é importante destacar que nem todos os pacientes foram beneficiados, somente aqueles que apresentavam determinado perfil genético.

Uma situação interessante acontece quando tentamos relacionar a falta de ferro e alterações na tireoide. Pesquisas mais recentes indicam que pode haver associação entre a deficiência de ferro e o desenvolvimento de hipotireoidismo em mulheres grávidas. No entanto, há outras associações que são bem mais claras quando o assunto é ferro. A primeira delas é que no hipotireoidismo certas alterações menstruais (como mudanças no padrão de fluxo em quantidade e irregularidade) podem acontecer.

Dessa forma não é incomum que mulheres com hipotireoidismo desenvolvam anemia por deficiência de ferro. A segunda associação é que quando uma pessoa faz tratamento para hipotireoidismo com levotiroxina, não se deve tomar suplementos de ferro no mesmo horário que o remédio da tireoide, pois o ferro vai impedir a absorção do medicamento.

A tireoide é uma glândula essencial ao funcionamento do organismo. Para nós é muito importante que pesquisas se dediquem a entender melhor o que pode afetar de forma positiva ou negativa seu funcionamento. E assim, com embasamento científico seguir pelo caminho certo!

quarta-feira, 9 de maio de 2018

Excesso de pelos (em mulheres): tratamentos e causas


O que é Excesso de pelos (em mulheres)?
O excesso de pelos que cresce no corpo de pessoas do sexo feminino é chamado de hirsutismo. Todas as pessoas têm pelos faciais e corporais. No entanto, em algumas partes esse pelo é muito fino, quase imperceptível. Pessoas do sexo masculino têm mais pelos aparentes em locais como o rosto, peito, barriga e costas. Mulheres com hirsutismo tendem a apresentar pelos nessas partes.

Apesar de o excesso de pelos ser embaraçoso para algumas pessoas, ele não é perigoso. Ele é decorrente de um desequilíbrio hormonal, que além do excesso de pelos pode causar outros sintomas desconfortáveis.

As mulheres com excesso de pelos podem ter fios escuros e grossos nascendo no rosto, tórax, abdômen e costas. Outros sintomas podem incluir:

Acne
Menstruação irregular
Engrossamento da voz
Aumento da massa muscular
Diminuição do tamanho da mama.
Causas
Na puberdade, os ovários começam a produzir uma mistura de hormônios sexuais andrógenos (masculinos) e estrógenos (femininos). Isso faz com o cabelo a crescer nas axilas e região pubiana. O excesso de pelos (em mulheres) pode ocorrer se há alta produção de hormônios sexuais andrógenos.

O excesso de pelos pode ser causado por:

Síndrome dos ovários policísticos
Síndrome de Cushing
Hiperplasia adrenal congênita
Alguns medicamentos, como aqueles usados para tratar endometriose.
Em alguns casos, o crescimento de pelos ocorre não por causa dos ciclos menstruais ou de um desequilíbrio hormonal. Pode ser que o excesso de pelos seja normal nessas mulheres. Nessa situação, o problema pode estar associado a alguns grupos éticos específicos.

Fatores de risco
Alguns fatores podem contribuir para o aparecimento de pelos excessivos em mulheres:

Histórico familiar de doenças como ovário policístico e hiperplasia adrenal congênita
Ancestralidade: mulheres do mediterrâneo, Oriente Médio e Sul da Ásia tem mais chances de sofrer com o excesso de pelos.

Buscando ajuda médica
É provável que você busque ajuda médica quando perceber o excesso de pelos e eles estiverem causando incômodo. É importante marcar uma consulta para saber se o excesso de pelos não está lidado a outras condições, como ovários policísticos.

Na consulta médica
Especialistas que podem diagnosticar as causas de excesso de pelos em mulheres são:

Clínico geral
Endocrinologista
Dermatologista

Estar preparado para a consulta pode facilitar o diagnóstico e otimizar o tempo. Dessa forma, você já pode chegar à consulta com algumas informações:

Uma lista com todos os sintomas e há quanto tempo eles apareceram
Histórico médico, incluindo outras condições que o paciente tenha e medicamentos ou suplementos que ele tome com regularidade
Se possível, peça para uma pessoa te acompanhar.
O médico provavelmente fará uma série de perguntas, tais como:

Quando os sintomas começaram?
O seu ciclo menstrual sofreu alguma alteração ou então parou?
Você ganho peso sem causa aparente?
Você sofre com acne?
O tamanho dos seios mudou?
Você notou mudanças na voz?
Algum dos seus familiares tem hiperplasia adrenal congênita ou outra doença que altere a produção de hormônios?
Quais medicamentos e suplementos você toma?
Diagnóstico de Excesso de pelos (em mulheres)
O médico ou médica fará um exame clínico e perguntas sobre seu histórico médico e sintomas. Também podem ser pedidos exames de sangue para avaliar os níveis de hormônios no sangue. Pode ser feita uma ultrassonografia dos ovários e glândulas adrenais para checar a existência de tumores ou cistos.

Cuidados

Medicamentos


Os medicamentos para tratar excesso de pelos em mulheres precisam ser tomados por vários meses até fazer algum efeito. Além disso, eles variam conforme a causa do problema e devem ser receitados por um médico. Esses remédios incluem:

Anticoncepcionais hormonais
Anti-andrógenos
Cremes tópicos, para serem aplicados no local do crescimeno de pelo.
Procedimentos
Para remover os pelos, podem ser feitos alguns procedimentos. No entanto, a remoção não trata a raíz do problema. Por isso, é necessário buscar ajuda médica para encontrar a solução para o distúrbio que você tenha.

Entre os procedimentos para eliminação de pelos estão:

Terapia a laser
Eletrólise.

Prevenção
O excesso de pelos em mulheres geralmente não tem prevenção. O que pode ser feito é buscar tratamentos para os problemas que estão causando o excesso de pelos.

quinta-feira, 3 de maio de 2018

17 alimentos para aumentar a imunidade de forma natural


Imunidade é o nome que damos à capacidade do organismo de se defender de invasores, no caso vírus, bactérias ou fungos que possam causar doenças. Quando ela está baixa, ficamos muito mais propensos a ter pequenas e grandes infecções e quadros como gripes.

Se você percebeu que sua imunidade anda em baixa, uma ótima pedida é apostar em ajustes nas refeições. Isso porque os alimentos são ricos em vitaminas, minerais e outras substâncias que auxiliam na manutenção do sistema imunológico.

Ao atingir a recomendação diária de consumo de frutas e vegetais, você já garante uma defesa melhor para o seu organismo. Anote aí: o consumo deve ser de cinco porções por dia, sendo três de frutas e duas de vegetais. A seguir, confira os melhores alimentos para sua imunidade e não deixe de incluí-los no seu prato:

1. Frutas cítricas
Frutas cítricas, como laranja, acerola, kiwi, tomate, além de brócolis, couve e pimentão verde e vermelho são ricos em vitamina C, antioxidante que aumenta a resistência do organismo.

2. Vegetais verdes escuros
Alimentos como brócolis, couve, espinafre são ricos em ácido fólico. O nutriente auxilia na formação de glóbulos brancos, responsáveis pela defesa do organismo, e também pode ser encontrado no feijão, cogumelos (como o shimeji e o shiitake) e a carne de fígado.

3. Alimentos ricos em zinco
Carne, cereais integrais, castanhas, sementes e leguminosas (feijão, lentilha, ervilha, grão de bico), são ricos em zinco, nutriente que combate resfriados, gripes e outras doenças do sistema imunológico

4. Oleaginosas
Além de zinco, as nozes, castanhas, amêndoas e óleos vegetais (de girassol, gérmen de trigo, milho e canola) são ricos em vitamina E. Ela é benéfica, principalmente para os idosos, agindo no combate à diminuição da atividade imunológica por conta da idade

5. Tomate
Rico em licopeno, o tomate é forte aliado para combater doenças cardiovasculares, removendo radicais livres do organismo. Esses compostos aceleram o envelhecimento celular e deixam o corpo mais propício a desenvolver doenças.

6. Alimentos fonte de ômega-3
O ômega 3 presente, por exemplo, no azeite e no salmão, auxilia as artérias a permanecerem longe de inflamações, ajudando a imunidade do corpo.

7. Fontes de antioxidantes
A castanha-do-Pará e cogumelos (como o champinhom) contêm selênio, um forte antioxidante que combate os radicais livres, melhorando a imunidade do corpo e acelerando a cicatrização do organismo

8. Gengibre
Rico em vitaminas C, B6 e com ação bactericida, o gengibre vai além de ajudar a tratar inflamações da garganta e auxilia nas defesas do organismo.

9. Pimenta
A pimenta é fonte de betacaroneto, substância que se transforma em vitamina A, nutriente que protege o organismo de infecções.

10. Iogurte
O consumo regular de iogurte ajuda a recompor as bactérias benéficas da flora intestinal - chamadas probióticos. Elas são verdadeiros soldados lutando para expulsar do organismo as bactérias "ruins". Esses microrganismos contribuem para aumentar a imunidade. O intestino saudável é capaz de separar o que não nos faz bem e absorver os principais micronutrientes, como as vitaminas.

11. Alho
O alho, além de trazer um sabor delicioso para os mais diversos pratos, reduz e ajuda a diluir o muco nos pulmões, sendo eficaz contra tosse persistente e bronquite. Inclusive, o alho pode ser consumido junto a antibióticos. Por ser rico em vitamina A, C e E, alho é um forte aliado para reforçar o sistema imunológico.

12. Cebola
A cebola é rica em substâncias anti-inflamatórias, antivirais, antiparasitárias, antibacterianas e antifúngicas, como a alicina, que ainda reduz o risco de alguns tipos de câncer, como o de boca, laringe, esôfago, cólon, mamas, ovário e rins. Por isso, é um ótimo remédio para afastar gripes, resfriados e infecções em geral.

13. Geleia real
A geleia real é um superalimento recheado de nutrientes, fitoquímicos e antioxidantes, e esta composição química notável é a responsável por seus inúmeros benefícios à saúde. Ao ser consumida em jejum, ela aumenta a imunidade por conter altas concentrações de vitaminas, principalmente a vitamina C e do complexo B.

14. Própolis
O própolis contém proteínas e compostos com capacidade de alterar e regular o sistema imunológico, além dos benefícios de ser antibacteriano e antiviral. O própolis ativa os passos iniciais da resposta imune estimulando receptores específicos e a produção de citocinas, que modulam os mecanismos da imunidade.

15. Óleo de coco
O ácido láurico e o ácido cáprico, presentes no óleo de coco, tem a propriedade de modular o sistema imunológico, agindo contra fungos, vírus e bactérias. Além disso, uma forma indireta de ele contribuir com a imunidade está na melhora do trabalho do intestino ao eliminar as bactérias ruins.

16. Lichia
A lichia é excelente fonte de vitamina C - cada 100 gramas do fruto apresenta 71,5 mg da vitamina, o que ajuda a prevenir gripes e resfriados. Somado a isso, as antocianinas da lichia desempenham uma função farmacológica importante contra várias doenças, como cardiovasculares, doenças crônico degenerativas, câncer, inflamações, imunidade baixa e alergias.

17. Batata yacon
Por agir estimulando o crescimento da flora intestinal benéfica, a batata yacon é efetiva no extermínio de bactérias que entram em nosso organismo por meio da alimentação. Assim, o desenvolvimento da flora intestinal proporcionado pela batata yacon ajuda diretamente na prevenção de doenças e no fortalecimento da imunidade.

quinta-feira, 26 de abril de 2018

Transtornos da tireóide em crianças


Que tipos de transtornos da tireóide se produzem em crianças

Temos ouvido falar muito dela, mas o que é a tireóide? Pois é uma glândula com forma de mariposa que temos na base do pescoço, justo diante da traquéia. E para que serve? É fundamental no correto desenvolvimento do metabolismo. Influencia no desenvolvimento mental, no amadurecimento dos ossos... 




Hipotireoidismo em crianças
Se o seu filho se cansa mais do que o normal, não cresce de forma adequada, tem dificuldade para se concentrar, perde o apetite e tem dor de garganta e rouquidão constantemente, você deveria consultar um pediatra. São sintomas do hipotireoidismo. Quando a glândula tireóide não produz os hormônios tireoidianos suficientes, o metabolismo e o desenvolvimento da criança vão mais lentos e isso pode causar-lhe graves problemas. 

O hipotireoidismo pode ser congênito (que o bebê já nasça com ele). O exame do pezinho que eles realizam logo após o nascimento do bebê pode ser detectado a tempo. Quanto antes iniciar o tratamento do hipotireoidismo, menos sequelas terão as crianças. No entanto, você deve saber que essa doença não tem cura. Necessita tratamento por toda a vida. A medicação manterá controlada a atividade da glândula tireóide. 

Hipertireoidismo em crianças 
O hipertireoidismo se dá, sobretudo em meninas (cinco vezes mais do que em meninos). Os sintomas do hipertireoidismo infantil são muito diferentes do hipotireoidismo. No caso do hipertireoidismo, a criança se mostra nervosa, ansiosa, com taquicardias e insônia. Tem frequentes diarréias, sua muito e é muito sensível ao calor. Uma análise de sangue e algum exame mais específico determinarão se a criança tem ou não hipertireoidismo. Muitas vezes pode ser confundido com a hiperatividade. A criança com hipertireoidismo tem um problema na glândula tireóide. Esta produz mais hormônios do que o normal. Por isso, parece que a criança está sempre ‘acelerada’. A boa notícia é que se trata de uma doença que atenua graças ao tratamento. Este pode durar entre um e quatro anos. 

Prevenção dos transtornos da tireóide em crianças 
Não são doenças nada fáceis de prevenir. O hipotireoidismo tem um alto componente genético. No entanto, o cuidado durante a gravidez pode ajudar com que a criança nasça sem déficit de iodo, uma das causas que provocam hipotireoidismo nos menores. 

O hipertireoidismo é mais difícil ainda de se prevenir. É possível controlá-lo, por exemplo, vigiando que não haja um consumo excessivo de iodo. 

quarta-feira, 25 de abril de 2018

Puberdade tardia: causas e como lidar


Entende-se por puberdade as mudanças do corpo consequentes às alterações biológicas que ocorrem no final da infância e início da adolescência e que resultam na maturidade física e capacidade de procriação.

O primeiro sinal da puberdade feminina é o aparecimento do broto mamário, que pode ocorrer entre os 8 e os 13 anos de idade. As mamas lentamente ganham volume e modificam sua forma até adquirirem características adultas, no final da adolescência.

Cerca de 6 meses após o início da puberdade, aparecem os pelos pubianos. A pilificação axilar surge 6 meses após.

A puberdade masculina é tão intensa quanto a feminina, mas seu início é menos marcante. O primeiro sinal da entrada na puberdade apresentado pelos meninos é o aumento do volume testicular, que ocorre entre os 9 e os 14 anos de idade. Cerca de 6 a 12 meses após, começam a aparecer os pelos pubianos. Os axilares e faciais surgem depois de 2 anos.

Puberdade Tardia
A puberdade é considerada atrasada quando não há o aparecimento dos caracteres sexuais secundários dentro do período esperado, ou seja, até os 13 anos para o sexo feminino e 14 anos para o sexo masculino.

Causas da puberdade tardia
A puberdade tardia pode ocorrer por causas fisiológicas, como o atraso constitucional da puberdade ou ter causa patológica, ou seja, resultante de alguma doença.

A causa mais comum de atraso puberal é o retardo constitucional da puberdade, que tem influência genética e herança familiar, ou seja, pai e/ou mãe biológicos tiveram esse mesmo comportamento. É uma característica fisiológica, não considerada doença, mas exige atenção devido às repercussões psicossociais que podem desencadear.

Nessa situação, os jovens têm o início da puberdade atrasada, como aconteceu com outros membros de sua família. Geralmente são bebês que nascem com peso e tamanho adequados, mas já na infância percebemos que apresentam uma estatura menor do que a média, o que se torna mais evidente na adolescência, por conta do atraso do estirão do crescimento.

Todos os eventos relacionados à transformação física acontecem mais tarde, mas ocorrem na mesma intensidade e duração do resto da população. Ao final da puberdade, a estatura familiar é atingida e encontra-se na média da população geral, assim como todo o desenvolvimento físico, que ocorre sem intercorrências.

As doenças mais comumente associadas ao atraso de puberdade são:
  • Síndrome de Turner
  • Síndrome de Klinefelter
  • Ausência de gônadas, testículos ou ovários
  • Deficiência de GnRH, hormônio associado ao desencadear da puberdade
  • Hipotireoidismo
  • Diabetes
  • Doenças crônicas
  • Desnutrição
  • Doenças infiltrativas

A hipótese de tumores sempre tem que ser descartada.

Em adolescentes previamente saudáveis é preciso ficarmos atentos aos transtornos alimentares, principalmente à anorexia. Por conta da desnutrição extrema a produção de hormônios necessários para a evolução normal das mudanças puberais diminui, provocando o atraso da puberdade. Adolescentes que já apresentavam sinais de puberdade podem ter regressão dos caracteres sexuais secundários por conta da baixa produção hormonal.

Como lidar com a puberdade tardia?
Diante da percepção de atraso de puberdade, o adolescente e suas famílias devem procurar um médico hebiatra (especialista em adolescentes) ou um endocrinologista, para avaliação, diagnóstico e tratamento, se necessário.

A puberdade atrasada, seja ela constitucional ou patológica, pode levar à distúrbios psicológicos e sociais, gerando insegurança e ansiedade. Os jovens e suas famílias devem ser orientados de acordo com cada situação e o suporte psicológico pode ser de grande valia. No caso do retardo constitucional de puberdade é muito importante ressaltar aos adolescentes que apesar de o processo acontecer um pouco mais tarde, a maturidade física será atingida normalmente, assim como a estatura final, que estará de acordo com as características familiares, sem a necessidade de tratamento.

No caso de o atraso da puberdade ter causa patológica, o tratamento será orientado por um médico de acordo com cada situação. Doenças de base devem ser tratadas e nos casos em que há falta de produção dos hormônios necessários à evolução normal da puberdade, esses devem ser prescritos e utilizados durante a adolescência, muitas vezes até a idade adulta.

Nos casos de puberdade atrasada fisiológica, se as repercussões psicossociais forem de extrema importância e de difícil manejo, médico e família devem avaliar cautelosamente a situação e, caso concluam ser benéfico, podem optar pelo uso de esteroides sexuais por curto prazo, sendo a testosterona indicada para os meninos e o estrogênio para as meninas.

terça-feira, 24 de abril de 2018

Vacinação contra gripe ja começou em todo o país


O governo pretende imunizar 54 milhões de pessoas, que pertencem ao grupo mais suscetível a contrair doenças respiratórias
A campanha nacional de vacinação contra a gripe começou nesta segunda-feira (23). A meta do governo é imunizar 54 milhões de pessoas, que fazem parte dos grupos prioritários, até 1º de junho.

O anúncio da campanha foi realizado pelo Ministério da Saúde nesta quarta-feira (18). De acordo com o órgão, a vacina contra gripe é segura e reduz as complicações que podem produzir casos graves da doença, internações ou, até mesmo, óbitos. Ela protege contra os três subtipos do vírus da gripe: H1N1, H3N2 e Influenza B.

Grupos preferenciais
Podem se vacinar gratuitamente em postos de saúde crianças entre 6 meses e 5 anos, maiores de 60, trabalhadores de saúde, professores, pessoas privadas de liberdade, com necessidades especiais, gestantes, mulheres que tiveram filhos nos últimos 45 dias e indígenas.

Além disso, os portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais também devem se vacinar. Contudo, este público deve apresentar prescrição médica no ato da vacinação.

Dia D
Segundo o Ministério da Saúde, no 12 de maio acontecerá a mobilização nacional, estarão abertos 65 mil postos de vacinação, sendo 37 mil de rotina e 28 mil volantes, com envolvimento de 240 mil pessoas. Também estarão disponíveis, para a mobilização, 27 mil veículos terrestres, marítimos e fluviais.

Desde o dia 9 de abril, as doses adquiridas pelo Ministério da Saúde estão sendo distribuídas aos estados, que são responsáveis pelo repasse aos municípios para a realização da campanha. Até o dia 20 de abril, 17,2 milhões de doses terão sido enviadas aos estados, representando 41% da entrega da campanha. No total, oito remessas de doses foram programadas para o envio até o dia 25 de maio, totalizando 100%.

Casos da doença
No ano passado foram registrados 394 casos e 66 óbitos por influenza no país. Desse total, 25 casos e 7 mortes foram por H1N1, 244 casos e 30 óbitos por H3N2, 81 casos e 24 óbitos por influenza B, e 44 casos e 5 mortes por influenza A não subtipada. Em todo o ano de 2017, foram registrados 2.691 casos e 498 óbitos por influenza.

Em 2018, até 14 de abril, foram registrados 392 casos de influenza em todo o país, com 62 óbitos. Do total, 190 casos e 33 óbitos foram por H1N1. Em relação ao vírus H3N2, foram registrados 93 casos e 15 óbitos. Ainda foram registrados 62 casos e 6 óbitos por influenza B e os outros 47 casos e 8 óbitos por influenza A não subtipado.

quarta-feira, 18 de abril de 2018

Como identificar a puberdade precoce em meninas e meninos


Nos garotos o quadro é menos comum, mas os sintomas são mais difíceis de perceber.
A puberdade precoce é um quadro muito mais incidente em meninas do que em meninos. De modo geral, os sintomas das meninas são muito mais visíveis, principalmente porque a menarca (primeira menstruação) é um sinal que dificilmente passa despercebido.

Entendendo o processo
A puberdade é um fenômeno que acontece a partir da comunicação entre as glândulas sexuais (também chamadas de gônadas, que nada mais são do que os ovários nas meninas e os testículos nos meninos) e a hipófise, uma glândula pequenina localizada no cérebro, que regula diversas funções no nosso corpo. Alterações em ambas as glândulas podem causar a puberdade precoce. Se o problema ocorre na hipófise, ela é chamada de central e, se ocorre sem o envolvimento da hipófise, o quadro é chamado de periférico.

A hipófise libera os hormônios que estimulam as gônadas (ovários e testículos) a começarem a produzir os hormônios sexuais (estrógeno, progesterona e testosterona). A testosterona é comum em ambos os sexos, mas em quantidades diferentes, enquanto o estrógeno e a progesterona são exclusivamente femininos.

A partir daí, cada um desses hormônios age modificando o corpo de formas diferentes de acordo com o gênero. Por isso mesmo, a puberdade (precoce ou na hora certa) apresentará sinais diferentes em meninos e meninas.

Veja como diferenciar o processo em cada gênero:

Puberdade precoce em meninas

Apesar de a menstruação ser um dos sinais mais óbvios de que a puberdade está chegando para uma garota, ela não é o primeiro deles. "A puberdade nas meninas se inicia entre os oito e os 13 anos de idade e o primeiro sinal de seu aparecimento costuma ser o surgimento do broto mamário, ou seja, um crescimento inicial dos seios", explica a hebiatra Andrea Hercowitz, pediatra especializada em adolescentes. Seis meses depois disso é que começam a aparecer os pelos pubianos e depois nas axilas. Só depois disso é que a primeira menstruação chega.
É muito raro que a menstruação ocorra antes do desenvolvimento do corpo, mas isso pode acontecer. "Em uma pequena porcentagem dos casos, quando a puberdade precoce é periférica, ela pode começar com sangramento vaginal, mas depende das diversas causas", considera o endocrinologista pediatra Felipe Monti Lora. Em geral esses casos envolvem doenças genéticas raras, como a Síndrome de McCune Albright, por exemplo. Mas o que pode acontecer, também, é que o intervalo entre esse desenvolvimento inicial do corpo feminino e a menstruação seja mais curto do que o normal.

Quando o crescimento inicial dos pelos pubianos ocorre antes dos oito anos, pode ser considerado um motivo de alarme. O ideal é diagnosticar o problema nesse estágio antes da menstruação, pois há mais chances do quadro ser inicial e assim ele poderá ser pausado com o tratamento adequado.

Puberdade precoce em meninos
Já os meninos não têm mudanças físicas tão drásticas quanto as meninas. Na verdade, o começo da puberdade masculina é mais discreto, como define a hebiatra Andrea, envolvendo primeiramente o aumento do volume dos testículos normalmente a partir dos nove anos de idade (mas pode ocorrer até os 14 anos). Entre seis a doze meses depois crescem os pelos pubianos, e só depois de um tempo os pelos das axilas e barba despontam também. Junto com tudo isso, há também o desenvolvimento do pênis, que primeiro aumenta de comprimento e depois de diâmetro.

Por isso mesmo, o diagnóstico em meninos é um pouco mais complicado e merece atenção. "O aumento do volume dos testículos antes dos nove anos de idade é o principal marcador da puberdade precoce, mas raramente é percebido pelos pais. O aparecimento precoce de pelos pubianos, barba ou pelos nas axilas é o que costuma chamar a atenção. Observar a velocidade de crescimento das crianças também é importante", considera Andrea Hercowitz.

Outro sinal importante é que apesar do aumento dos testículos, muitas vezes o tecido do saco escrotal não acompanha esse desenvolvimento. Por isso, é normal que a pele desta região se torne fina e rosada nesta fase.

A puberdade precoce periférica nos meninos pode apresentar uma inversão na ordem dos sintomas, assim como ocorre nas meninas. No caso, poderia haver um crescimento dos pelos pubianos antes do aumento dos testículos. Mas esse tipo de quadro é ainda mais raro no gênero masculino.
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