Diga não a obesidade Infantil!
Chegar à adolescência acima do peso dificulta o controle da doença
Chegar à adolescência acima do peso dificulta o controle da doença
Uma pesquisa publicada na edição de dezembro da revista “Pediatrics” desfaz o mito de que as crianças gordinhas tendem a emagrecer quando crescem e chegam à adolescência. O estudo, realizado por pesquisadores do Hospital Pediátrico de Boston, acompanhou 3.961 estudantes americanos por cinco anos, entre a quinta e a décima série escolar (11 a 16 anos). O trabalho constatou que 83% dos adolescentes que chegaram obesos aos 16 anos já apresentavam essa condição aos 11; 13% tinham sobrepeso. A pesquisa observou ainda que 65% dos obesos na quinta série mantiveram-se assim cinco anos depois. Nesse período, 23% conseguiram emagrecer um pouco e chegar à faixa de sobrepeso, e apenas 12% das crianças obesas atingiram o peso adequado após os cinco anos de acompanhamento.
Para o pediatra Walter Taam Filho, membro do Comitê de Nutrologia da Sociedade de Pediatria do Estado do Rio de Janeiro (Soperj), o resultado corrobora estudos anteriores. “Existe uma ideia entre as famílias e mesmo entre alguns profissionais de saúde de que, ao crescer, a criança tende a emagrecer. Costuma-se dizer que ela vai espichar. Esse pensamento faz com que a avaliação da obesidade fique em segundo plano, o que é um problema”, explica Taam, que coordena o curso de pós-graduação em Nutrologia da Universidade Veiga de Almeida. “Essa fase que antecede a adolescência é um período crítico. Nessa etapa, há uma janela de oportunidade, do ponto de vista da constituição física e da fisiologia, que não pode ser desperdiçada. A partir daí há uma multiplicação das células de gordura. A perda de peso tende a ser mais difícil.”
O professor enfatiza que nenhuma criança chega obesa aos 11 anos por acaso. O ganho de peso nessas proporções é um processo que não acontece de um dia para o outro. Por isso, defende que os gráficos de crescimento sejam valorizados como um instrumento importante para que, constatado o sobrepeso, sejam propostas correções nos hábitos da família a tempo. “A avaliação nutricional e o diagnóstico da obesidade têm que ocorrer o mais precocemente possível. Enquanto a criança apresenta apenas sobrepeso, pequenas intervenções dão resultado. Mudar os hábitos de uma criança de 10, 11 anos é mais difícil do que os de uma mais nova. Tirar o salgadinho ou o refrigerante que ela toma desde sempre é quase impossível”, acrescenta o médico, que é doutor em Ciência dos Alimentos pelo Instituto de Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Segundo Taam, culpabilizar as crianças e os adolescentes não contribui para a perda de peso: “A família toda tem de rever suas atitudes, as compras que faz… Fala-se muito sobre o componente genético, mas os fatores culturais e ambientais são decisivos. Numa família de obesos, até o cachorro é gordo. Isso é resultado do ambiente”.
Campos de Atuação da Endocrinologia Pediátrica: https://goo.gl/vyUXO6
Para o pediatra Walter Taam Filho, membro do Comitê de Nutrologia da Sociedade de Pediatria do Estado do Rio de Janeiro (Soperj), o resultado corrobora estudos anteriores. “Existe uma ideia entre as famílias e mesmo entre alguns profissionais de saúde de que, ao crescer, a criança tende a emagrecer. Costuma-se dizer que ela vai espichar. Esse pensamento faz com que a avaliação da obesidade fique em segundo plano, o que é um problema”, explica Taam, que coordena o curso de pós-graduação em Nutrologia da Universidade Veiga de Almeida. “Essa fase que antecede a adolescência é um período crítico. Nessa etapa, há uma janela de oportunidade, do ponto de vista da constituição física e da fisiologia, que não pode ser desperdiçada. A partir daí há uma multiplicação das células de gordura. A perda de peso tende a ser mais difícil.”
O professor enfatiza que nenhuma criança chega obesa aos 11 anos por acaso. O ganho de peso nessas proporções é um processo que não acontece de um dia para o outro. Por isso, defende que os gráficos de crescimento sejam valorizados como um instrumento importante para que, constatado o sobrepeso, sejam propostas correções nos hábitos da família a tempo. “A avaliação nutricional e o diagnóstico da obesidade têm que ocorrer o mais precocemente possível. Enquanto a criança apresenta apenas sobrepeso, pequenas intervenções dão resultado. Mudar os hábitos de uma criança de 10, 11 anos é mais difícil do que os de uma mais nova. Tirar o salgadinho ou o refrigerante que ela toma desde sempre é quase impossível”, acrescenta o médico, que é doutor em Ciência dos Alimentos pelo Instituto de Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Segundo Taam, culpabilizar as crianças e os adolescentes não contribui para a perda de peso: “A família toda tem de rever suas atitudes, as compras que faz… Fala-se muito sobre o componente genético, mas os fatores culturais e ambientais são decisivos. Numa família de obesos, até o cachorro é gordo. Isso é resultado do ambiente”.
Campos de Atuação da Endocrinologia Pediátrica: https://goo.gl/vyUXO6