quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Mamães que estão com filhos acima do peso, cuidado!


Diga não a obesidade Infantil!
Chegar à adolescência acima do peso dificulta o controle da doença


Uma pesquisa publicada na edição de dezembro da revista “Pediatrics” desfaz o mito de que as crianças gordinhas tendem a emagrecer quando crescem e chegam à adolescência. O estudo, realizado por pesquisadores do Hospital Pediátrico de Boston, acompanhou 3.961 estudantes americanos por cinco anos, entre a quinta e a décima série escolar (11 a 16 anos). O trabalho constatou que 83% dos adolescentes que chegaram obesos aos 16 anos já apresentavam essa condição aos 11; 13% tinham sobrepeso. A pesquisa observou ainda que 65% dos obesos na quinta série mantiveram-se assim cinco anos depois. Nesse período, 23% conseguiram emagrecer um pouco e chegar à faixa de sobrepeso, e apenas 12% das crianças obesas atingiram o peso adequado após os cinco anos de acompanhamento.

Para o pediatra Walter Taam Filho, membro do Comitê de Nutrologia da Sociedade de Pediatria do Estado do Rio de Janeiro (Soperj), o resultado corrobora estudos anteriores. “Existe uma ideia entre as famílias e mesmo entre alguns profissionais de saúde de que, ao crescer, a criança tende a emagrecer. Costuma-se dizer que ela vai espichar. Esse pensamento faz com que a avaliação da obesidade fique em segundo plano, o que é um problema”, explica Taam, que coordena o curso de pós-graduação em Nutrologia da Universidade Veiga de Almeida. “Essa fase que antecede a adolescência é um período crítico. Nessa etapa, há uma janela de oportunidade, do ponto de vista da constituição física e da fisiologia, que não pode ser desperdiçada. A partir daí há uma multiplicação das células de gordura. A perda de peso tende a ser mais difícil.”

O professor enfatiza que nenhuma criança chega obesa aos 11 anos por acaso. O ganho de peso nessas proporções é um processo que não acontece de um dia para o outro. Por isso, defende que os gráficos de crescimento sejam valorizados como um instrumento importante para que, constatado o sobrepeso, sejam propostas correções nos hábitos da família a tempo. “A avaliação nutricional e o diagnóstico da obesidade têm que ocorrer o mais precocemente possível. Enquanto a criança apresenta apenas sobrepeso, pequenas intervenções dão resultado. Mudar os hábitos de uma criança de 10, 11 anos é mais difícil do que os de uma mais nova. Tirar o salgadinho ou o refrigerante que ela toma desde sempre é quase impossível”, acrescenta o médico, que é doutor em Ciência dos Alimentos pelo Instituto de Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Segundo Taam, culpabilizar as crianças e os adolescentes não contribui para a perda de peso: “A família toda tem de rever suas atitudes, as compras que faz… Fala-se muito sobre o componente genético, mas os fatores culturais e ambientais são decisivos. Numa família de obesos, até o cachorro é gordo. Isso é resultado do ambiente”.

Campos de Atuação da Endocrinologia Pediátrica: https://goo.gl/vyUXO6

segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Câncer de Próstata: Saiba como Prevenir


O câncer de próstata é o segundo tipo de câncer que mais afeta os homens, e o mais frequente nos que já passaram dos 50 anos. A própria idade avançada está entre os fatores de risco, assim como o histórico familiar da doença, fatores hormonais e ambientais, além de maus hábitos alimentares, sedentarismo e excesso de peso. Diante disso, preparamos este post para deixar você por dentro do assunto. Vamos conferir?

O Câncer de Próstata

biopsia de prostataEste tipo de câncer cresce lentamente, não apresentando sintomas em suas primeiras fases. Problemas para urinar, sensação de que a bexiga não se esvazia completamente e sangue na urina são indícios que indicam um estágio avançado da doença. Dor óssea, principalmente nas costas, indica a presença de metástases, um avanço da doença para uma fase ainda mais grave. O diagnóstico precoce do câncer de próstata é essencial para que a cura seja possível. É por isso que o exame de toque retal é tão divulgado e recomendado pelos profissionais da saúde, mas infelizmente grande parte dos homens ainda não o faz.

Com a preocupação constante do câncer de próstata, muitas pesquisas acerca da doença vêm vendo desenvolvidas nos últimos anos. Os estudos têm como objetivo disponibilizar, sobretudo, novos tipos de tratamento para os pacientes que possuem diagnóstico conclusivo para câncer de próstata. As novidades científicas também visam melhorar a eficácia dos tratamentos, causar menos desconfortos nos portadores da doença e reduzir os efeitos secundários de quem retira a próstata parcial ou totalmente.

Prevenção
Os estudos na área da prevenção do câncer de próstata divergem em diversos pontos, entretanto, para redução dos fatores de risco, a medicina recomenda a adoção de práticas saudáveis de um modo geral.

Alguns exemplos são:

1. Tenha uma Dieta Balanceada

Há evidências de que a adoção de uma dieta com baixa quantidade de gorduras e repleta de frutas e vegetais pode reduzir o risco de se desenvolver o câncer de próstata. A diminuição de alimentos ricos em gordura ajuda no controle do peso e traz uma melhora geral na qualidade de vida, inclusive diminuindo o risco de doenças cardíacas. Vegetais possuem vitaminas e nutrientes que também podem reduzir a ameaça de desenvolvimento do câncer de próstata.O que é uma Dieta Mediterrânea?

2. Exercite-se com frequência

A prática de exercícios físicos está ligada aos hábitos saudáveis de um modo geral, mas estudos indicam que ela também contribui para a redução do risco de desenvolvimento do câncer de próstata. Caso ainda não possua uma rotina de exercícios, consulte seu médico para saber como iniciá-los. Caminhar mais e escolher as escadas ao invés do elevador são boas maneiras de se exercitar no dia-a-dia.

3. Mantenha o controle sobre seu peso


A obesidade está relacionada ao aumento do risco de diversos cânceres, incluindo o de próstata. Se você possui sobrepeso, trabalhe para diminuí-lo. Caso tiver muitas dificuldades, não hesite em procurar ajuda médica.

Alguns hábitos diários simples podem contribuir, e muito, para a redução da ameaça do câncer de próstata. Ainda assim, mesmo seguindo essas dicas, e praticando outros hábitos saudáveis, os exames rotineiros para homens acima de 50 anos são indispensáveis. Portanto, não deixe de consultar seu médico periodicamente.

segunda-feira, 14 de novembro de 2016

14 de Novembro, Dia mundial da Diabetes, Conheça um pouco sobre os tipos de Diabetes!



Tipos de Diabetes

Você conhece o famoso pâncreas?

O pâncreas é um órgão localizado atrás do estômago que produz alguns hormônios importantes para nosso sistema digestivo. Em condições rotineiras, quando o nível de glicose no sangue sobe, células especiais, chamadas células beta, produzem insulina. Assim, de acordo com as necessidades do organismo no momento, é possível determinar se essa glicose vai ser utilizada como combustível para as atividades do corpo ou será armazenada como reserva, em forma de gordura.

Isso faz com que o nível de glicose (ou taxa de glicemia) no sangue volte ao normal.

O que é Diabetes Tipo 1?

Em algumas pessoas, o sistema imunológico ataca equivocadamente as células beta. Logo, pouca ou nenhuma insulina é liberada para o corpo. Como resultado, a glicose fica no sangue, em vez de ser usada como energia. Esse é o processo que caracteriza o Tipo 1 de diabetes, que concentra entre 5 e 10% do total de pessoas com a doença.

O Tipo 1 aparece geralmente na infância ou adolescência, mas pode ser diagnosticado em adultos também. Essa variedade é sempre tratada com insulina, medicamentos, planejamento alimentar e atividades físicas, para ajudar a controlar o nível de glicose no sangue.

O que é Diabetes Tipo 2?

O Tipo 2 aparece quando o organismo não consegue usar adequadamente a insulina que produz; ou não produz insulina suficiente para controla a taxa de glicemia.

Cerca de 90% das pessoas com diabetes têm o Tipo 2. Ele se manifesta mais frequentemente em adultos, mas crianças também podem apresentar. Dependendo da gravidade, ele pode ser controlado com atividade física e planejamento alimentar. Em outros casos, exige o uso de insulina e/ou outros medicamentos para controlar a glicose.

Há outros tipos?
 
Entre o Tipo 1 e o Tipo 2, foi identificado ainda o Diabetes Latente Autoimune do Adulto (LADA). Algumas pessoas que são diagnosticadas com o Tipo 2 desenvolvem um processo autoimune e acabam perdendo células beta do pâncreas. E há também o diabetes gestacional, uma condição temporária que acontece durante a gravidez. Ela afeta entre 2 e 4% de todas as gestantes e implica risco aumentado do desenvolvimento posterior de diabetes para a mãe e o bebê. Saiba mais no link Diabetes Gestacional

Diabetes Gestacional

O que é?

Durante a gravidez, para permitir o desenvolvimento do bebê, a mulher passa por mudan-ças em seu equilíbrio hormonal. A placenta, por exemplo, é uma fonte importante de hor-mônios que reduzem a ação da insulina, responsável pela captação e utilização da glico-se pelo corpo. O pâncreas, consequentemente, aumenta a produção de insulina para compensar este quadro.

Em algumas mulheres, entretanto, este processo não ocorre e elas desenvolvem um quadro de diabetes gestacional, caracterizado pelo aumento do nível de glicose no sangue. Quando o bebê é exposto a grandes quantidades de glicose ainda no ambiente intrauterino, há maior risco de crescimento excessivo (macrossomia fetal) e, consequentemente, partos traumáticos, hipoglicemia neonatal e até de obesidade e diabetes na vida adulta.

Como eu percebo que estou com diabetes gestacional?

O diabetes gestacional pode ocorrer em qualquer mulher e nem sempre os sintomas são identificáveis. Por isso, recomenda-se que todas as gestantes pesquisem, a partir da 24ª semana de gravidez (início do 6º mês), como está a glicose em jejum e, mais importante ainda, a glicemia após estímulo da ingestão de glicose, o chamado teste oral de tolerância a glicose.

Quais são os fatores de risco?
- Idade materna mais avançada;
- Ganho de peso excessivo durante a gestação;
- Sobrepeso ou obesidade;
- Síndrome dos ovários policísticos;
- História prévia de bebês grandes (mais de 4 kg) ou de diabetes gestacional;
- História familiar de diabetes em parentes de 1º grau (pais e irmãos);
- História de diabetes gestacional na mãe da gestante;
- Hipertensão arterial na gestação;
- Gestação múltipla (gravidez de gêmeos).

É possível controlar?


Sim. O controle do diabetes gestacional é feito, na maioria das vezes, com a orientação nutricional adequada. Para cada período da gravidez, uma quantidade certa de nutrientes. A prática de atividade física é outra medida de grande eficácia para redução dos níveis glicêmicos. A atividade deve ser feita somente depois de avaliada se existe alguma contraindicação, como por exemplo, risco de trabalho de parto prematuro.

Aquelas gestantes que não chegam a um controle adequado com dieta e atividade física têm indicação de associar uso de insulinoterapia. O uso da insulina é seguro durante a gestação. É importante destacar que a maioria das gestações complicadas pelo diabetes, quando tratadas de maneira adequada, terão excelente desfecho e os bebês nascerão saudáveis.

Cuidados
O histórico de diabetes gestacional é um importante fator de risco para desenvolvimento de Diabetes Tipo 2. Aproximadamente seis semanas após o parto, a mãe deve realizar um novo teste oral de tolerância a glicose, sem estar em uso de medicamentos antidiabéticos.

Uma ótima notícia é que o aleitamento materno pode reduzir o risco de desenvolvimento de diabetes após o parto. A alimentação balanceada e a prática regular de atividades físicas completam essa ‘fórmula infalível’.

Pré-Diabetes

Já imaginou se o corpo humano contasse com um sistema de alarme que dispara quando o risco de desenvolver uma doença aumenta? Não seria uma chance de mudar seu futuro?

A maioria das pessoas não sabe o que é pré-diabetes. Uma pesquisa feita pela SBD em parceria com o laboratório farmacêutico Abbott apontou que apenas 30% dos pacientes tinham informações sobre essa condição.

O termo pré-diabetes é usado quando os níveis de glicose no sangue estão mais altos do que o normal, mas não o suficiente para um diagnóstico de Diabetes Tipo 2. Obesos, hipertensos e pessoas com alterações nos lipídios estão no grupo de alto risco.

É importante destacar que 50% dos pacientes nesse estágio 'pré' vão desenvolver a doença. O pré-diabetes é especialmente importante por ser a única etapa que ainda pode ser revertida ou mesmo que permite retardar a evolução para o diabetes e suas complicações.

Por que existe essa preocupação? Muitos pacientes, ao serem comunicados de que têm pré-diabetes, não enxergam ali uma oportunidade. Deixam para 'cuidar' quando o proble-ma se agravar. Só que o pré-diabetes pode prejudicar nervos e artérias, favorecendo diversos outros males, a exemplo de infarto e derrames (veja em Complicações)

A mudança de hábito alimentar e a prática de exercícios são os principais fatores de sucesso para o controle. No entanto, para 60% dos pacientes, a dieta é o passo mais difícil a ser incorporado na rotina. Ao todo, 95% têm dificuldades com o controle de peso, dieta saudável e exercícios regulares. Lembre-se: ninguém morre de diabetes, e sim do mau controle da doença.

De acordo com a International Diabetes Federation, entidade ligada à ONU, existem no mundo mais de 380 milhões de pessoas com diabetes. Na maioria dos casos, a doença está associada a condições como obesidade e sedentarismo, ou seja, pode ser evitada. É possível reduzir a taxa de glicose no sangue com medidas simples. Perder de 5 a 10% do peso por meio de alimentação saudável e exercícios faz uma grande diferença na qualidade de vida. Mexa-se!

Fatores de risco:

Assim como Diabetes Tipo 2, o pré-diabetes pode chegar à sua vida sem que você perceba. Ter consciência dos riscos e buscar o diagnóstico é importante, especialmente se o pré-diabetes for parte do que nós chamamos de 'síndrome metabólica':

Pressão alta;
- Alto nível de LDL ('mau' colesterol) e triglicérides; e/ou baixo nível de HDL ('bom' colesterol)
- Sobrepeso, principalmente se a gordura se concentrar em torno da cintura

terça-feira, 1 de novembro de 2016

Novembro Azul: Câncer de próstata é segunda maior causa de morte oncológica em homens


O câncer de próstata provoca 307 mil mortes no mundo todos os anos, de acordo com a ONG britânica Cancer Care. Diante disso, a campanha Novembro Azul vem para alertar sobre a necessidade de prevenção, já que o sucesso do tratamento depende do estágio em que a doença é diagnosticada.

O radio-oncologista, Leonardo Pimentel explica que, se a enfermidade for descoberta cedo, as chances de cura podem chegar a até 90%. "O grande problema é que as pessoas tendem a imaginar que o câncer de próstata é uma doença que não traz risco algum, quando na verdade pode se espalhar e levar o indivíduo à morte”, destaca.

Como esse tipo de câncer não costuma apresentar sintomas no estágio inicial, o radio-oncologista diz que é muito importante que o paciente verifique se ele possui fatores de risco, como parentes que já tiveram a doença ou hábitos de vida pouco saudáveis.

“A orientação do Ministério da Saúde é discutir a realização ou não dos exames de rastreamento, que geralmente são o PSA ou o toque retal, com o paciente. O recomendado é que os homens procurem seus médicos a partir dos 50 anos. Caso haja algum fator de risco 45 e, se ele possuir algum parente de primeiro grau diagnosticado com câncer de próstata, o ideal é aos 40 anos”, lembra.

No entanto, muitos homens postergam a sua ida ao consultório por medo ou preconceito. Além do exame ser feito apenas depois de confirmada a necessidade, Leonardo conta que o toque retal, quando feito por um bom especialista, “é um exame indolor, com pouco desconforto, realizado em poucos segundos e é mais eficiente, porque pode detectar nódulos, o que não acontece com o PSA”.

Para tratar o câncer de próstata, Leonardo Pimentel diz que existem três procedimentos, a cirurgia aberta ou robótica; a radioterapia externa ou braquiterapia; e as condutas de vigilância ativa, que consistem em um acompanhamento com exames até que seja necessário ou indicado um tratamento.

O radio-oncologista ressalta que, se diagnosticado tardiamente, esses procedimentos podem causar sequelas muito temidas pelos homens, como disfunção erétil, infertilidade ou incontinência urinária. Dessa forma, é imprescindível que o paciente fique atento e não deixe de conversar com o seu médico. “Com o avanço das técnicas de cirurgia e radioterapia temos cada vez menos casos de sequelas. A fisioterapia urológica também tem auxiliado muito. Porém, é importante que a pessoa se conscientize em relação à prevenção”.
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